MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 6 de junho de 2020

Lessa defendia que o caminho para o Brasil era a industrialização, mas não o ouviram


Morre o economista Carlos Lessa, aos 83 anos, de Covid-19
Carlos Lessa deixa um vazio no debate dos grandes temas econômicos
Flávio José Bortolotto
Perdemos um grande economista nacionalista-desenvolvimentista-industrialista, o prof. Carlos Lessa, que nasceu numa família rica no Rio de Janeiro, mas convivia muito com crianças pobres dos morros/favelas. Sua família era cristã e fazia muita caridade, e pensava-se que se os ricos ajudassem os pobres, poder-se-ia seguramente, pelo menos eliminar a miséria.
Em uma viagem ao Recife e outras cidades do Nordeste, (1956 -1957) já com 20 anos, conheceu uma miséria tão intensa que compreendeu imediatamente que só a caridade, embora ajudasse, não resolveria o problema.
PROGRESSISTA – Lessa evitou a tentação socialista soviética que os jornalistas chamam comunismo, porque viu que era um capitalismo de Estado totalitarista, onde só havia duas classes: os membros do Partido Comunista (cerca de 7% da população), como elite, e o resto, vivendo numa ditadura científica.
Passou a estudar a História e especialmente a Economia Política e encontrou no economista Celso Furtado e seu livro “Formação Econômica do Brasil” uma boa explicação para reduzir nossa miséria e pobreza – a industrialização.
Terminado com brilhantismo o Curso de Economia da UFRJ, foi trabalhar na Cepal (Comissão Econômica para a América Latina), professor, reitor da ufrj, brilhante palestrante, exerceu vários cargos governamentais inclusive presidente do estratégico BNDES.
SUAS OBRAS – Seus principais Livros são: “Quinze Anos de Política Econômica” em que analisava o processo de industrialização brasileiro de 1945 até 1960; “Manual Introdução à Economia – Uma abordagem Estruturalista”; “A Estratégia de Desenvolvimento 1974-1976, Sonho e Fracasso”, onde analisa o II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento) do governo Geisel ( Brasil Potência); “Rio de todos os Brasileiros” e “Enciclopédia da Brasilidade”, além de inúmeros artigos acadêmicos e na imprensa.
Todos nós, que defendemos a industrialização do Brasil, perdemos uma grande Luz.

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