A grande mídia tem o monopólio do erro, da calúnia e da difamação. Pode
apresentar narrativas falsas o quanto quiser que os checadores não irão
atrapalhar seu trabalho. Artigo de Carlos Júnior para o Instituto Liberal:
Depois de levar verdadeiras surras eleitorais e ver uma onda
conservadora surgir com grande força, a esquerda tentou entender os
acontecimentos para depois resolver agir. Ela chegou ao poder após anos
de promoção (I) dos valores progressistas da contracultura na Europa e
nos Estados Unidos, (II) da ideia marxista da luta de classes entre povo
e estamento burocrático na América Latina e (III) do nacionalismo
antiamericano e antiocidental na África. Em todos os casos a esquerda
tomou de assalto os espaços culturais – mídia, universidades, mercado
editorial e igrejas. Com seu inimigo desnorteado e sem saber como sair
da situação de impotência absoluta, ela parecia reinar sem maiores
ameaças.
Porém, a coisa mudou. A aliança direitista entre liberais clássicos e
conservadores morais deu resultado nas urnas e ameaça quebrar o
monopólio cultural estabelecido pela hegemonia esquerdista. Tomando o
Brasil como exemplo, a esquerda passou a dominar todos os espaços da
luta política com a conquista das universidades e do mercado editorial
nos anos 1970 – com a generosa ajuda do regime militar através da
doutrina Golbery. Chegar ao poder em 1994 foi apenas a cereja do bolo.
Antes disso, os esquerdistas já estavam sozinhos na grande mídia e
moldavam o imaginário do povo brasileiro como bem entendiam.
Agora que o monopólio da informação foi ameaçado pela mídia
independente – em especial a de viés conservador – e temos um presidente
direitista no poder, a esquerda quer acabar com a liberdade de
expressão e ter o monopólio da comunicação na marra. A Sleeping Giants é
a mais nova iniciativa da extrema esquerda para silenciar os
conservadores – passando por cima da garantia constitucional à liberdade
de expressão. Com o pretexto de combate às fake news, os tiranos
digitais querem que os portais direitistas não tenham nenhum ganho
financeiro com publicidade e desapareçam um por um.
O pretexto é claramente falso. Se o objetivo fosse combater as
notícias falsas, a grande mídia seria o alvo número um da Sleeping
Giants. Ninguém mente mais do que a imprensa brasileira e não é difícil
encontrar tantas notícias e narrativas falsas promovidas pelos
almofadinhas dos mais diversos canais, rádios e portais.
A maior mentira abraçada por todo o jornalismo brasileiro foi a
narrativa de que o Foro de São Paulo não existia. A entidade foi criada
em 1990 com o objetivo declarado de ‘’recuperar na América Latina tudo
aquilo que foi perdido no Leste Europeu’’, ou seja, implantar o
comunismo em todos os países latino-americanos para a criação de uma
União Soviética 2.0. Contou com ditadores sanguinários como Fidel
Castro, Hugo Chávez e Evo Morales, deixando a coordenação estratégica
para ninguém mais, ninguém menos que o sr. Lula. A esquerda
latino-americana chegou ao poder através da simbiose entre políticos e
narcotraficantes: prova disso são as inúmeras declarações das FARC e do
MIR chileno em solidariedade a partidos de esquerda, como também as
participações dos líderes dessas facções criminosas em inúmeras reuniões
do Foro. Enquanto o filósofo Olavo de Carvalho denunciava a existência,
a relevância e o perigo do Foro de São Paulo em seus artigos no Diário
do Comércio, a grande mídia silenciava qualquer debate a respeito e
negava a realidade dos fatos. Vencida pelo cansaço, ela admitiu a
existência, mas negou a importância, classificando uma entidade que
reunia diversos chefes de Estado como uma simples assembleia de debates.
As atas do Foro estão aí na internet e não deixam a menor dúvida sobre
quem tem razão nessa história.
Nas eleições americanas de 2016, a grande mídia brasileira copiou
servilmente da sua irmã americana a narrativa de que o então candidato
republicano Donald Trump era racista, sexista, homofóbico e sua vitória
seria um completo desastre. Em uma torcida ideológica pelo Partido
Democrata de saltar os olhos, ela omitiu e distorceu fatos
importantíssimos sobre a corrida eleitoral e a pessoa do candidato
conservador. O ponto alto desse quadro mental veio com a confirmação do
triunfo republicano: a ex-jornalista da Globo – hoje na CNN – Monalisa
Perrone acusou o eleitorado de Trump – e o próprio Trump – de serem
racistas e odiarem negros. A coisa foi tão patética que ela foi
desmentida pelo próprio colega de programa, o repórter Fábio Turci. Foi
uma mentira motivada por paixão ideológica, não por bom jornalismo.
A Globo é de fato um lugar onde os militantes ideológicos que se
dizem jornalistas estão bem empregados. Um deles é o sr. Guga Chacra, o
‘’especialista’’ em política americana mais limitado que já vi. Mas ele
não é apenas limitado: é desonesto também. Duas peripécias suas chamam a
atenção para as limitações do sujeito: Guga chamou manifestantes
nacionalistas poloneses de nazistas e colocou no mesmo balaio Nicolás
Maduro e Jair Bolsonaro, por ambos serem supostos conservadores morais. A
primeira foi desmentida de tal forma que ele bloqueou uma diplomata
polonesa no Twitter e a segunda foi desmentida por mim em artigo para o
Instituto Liberal. Vale lembrar uma coisa: a Polônia é uma nação
fervorosamente católica, anticomunista e antinazista; o povo polonês
rejeita enfaticamente qualquer ideologia revolucionária. Qualquer um
pode atestar isso com uma simples pesquisa sobre a história do país.
Por fim, mais uma prova da pirotecnia mentirosa da grande mídia: o
The Intercept publicou uma série de mensagens supostamente atribuídas ao
ex-ministro Sérgio Moro e a procuradores da Lava Jato como prova de
parcialidade nos julgamentos da operação. Sem nenhuma veracidade ou
mesmo rastro de autenticidade, a parcela antilavajatista da imprensa
abraçou a narrativa de Glenn Greenwald como prova inquestionável e
destilou ataques a Moro. O sr. Reinaldo Azevedo, jornalista da BandNews
FM e do UOL, foi o máximo propagador da narrativa. Até hoje nada foi
provado, mas ninguém recuou ou abandonou as mentiras decorrentes disso.
Em todos esses casos não houve nenhuma iniciativa como a Sleeping
Giants para clamar por regulação dos meios de comunicação ou fim da
publicidade paga aos meios de comunicação. A grande mídia tem o
monopólio do erro, da calúnia e da difamação. Pode apresentar narrativas
falsas o quanto quiser que os checadores não irão atrapalhar seu
trabalho.
O objetivo é muito claro: perseguir a mídia independente conservadora
e garantir o predomínio absoluto da grande mídia na divulgação de
informações, minando a onda conservadora política dos últimos anos. Quem
não enxerga isso está cego ou é cúmplice da trama.
Referências:
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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