Roberto Nascimento
Desde o início do governo, o presidente Jair Bolsonaro diz estar sendo perseguido. Um de seus ministros mais próprios, o general Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, redige uma mensagem a um dos integrantes do Supremo, exigindo respeito ao presidente da República. Bem, na minha opinião, quem deseja ser respeitado deve em primeiro lugar se dar ao respeito.
No caso do presidente Bolsonaro, que foi investido no cargo por delegação popular, é preciso respeitar o decoro e a liturgia da missão, saber ouvir a opinião dos especialistas, sobretudo em assuntos científicos, e ter compostura, sem falar palavrões nem mesmo em reuniões privadas.
RESPEITO AO POVO – Em primeiro lugar, todo governante ou parlamentar deve respeito ao povo que o elegeu. Na sua vida particular, pode fazer o que quiser, mas, em público não.
Após a publicação daquele vídeo do fim do mundo, em que o chefe, seus ministros Paulo Guedes, Abraham Weintraub, Ricardo Salles e outros falaram tantos palavrões e asneiras, abriu-se a porteira para o liberou geral. Na Internet virou febre comentar os palavrões emanados daquela reunião.
Ainda bem, que honrando as Forças Armadas do Brasil, os generais Hamilton Mourão (vice), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Braga Netto (Casa Civil), não pronunciaram nenhum palavrão.
“LIVRINHO VERDE” – Quanto à ameaça do general Ramos, há de se respeitar a Constituição, o “livrinho verde”, da qual falava o ministro do Exército nomeado por Tancredo Neves, general Leônidas Pires Gonçalves.
Portanto, quem desrespeita a autoridade da Constituição é quem declara, por exemplo, que ”basta um cabo e um soldado para fechar o Supremo” ou que a ocorrência de uma ruptura institucional não é mais uma questão de “se”, mas apenas de “quando”; ou que
Quem desrespeita a autoridade da Constituição é todo aquele defende o golpismo e o autoritarismo, ou fala em fechar o Supremo e o Congresso não tem amor a pátria, pelo contrário, põe a pátria em perigo.
HARMONIA ENTRE PODERES – Devemos resolver nossos problemas internos, que não são poucos, agravados pela pandemia do coronavírus, no âmbito da harmonia entre os três poderes e entre os entes da Federação.
Ou é isso, ou então, poderemos entrar no olho do furacão, a exemplo dos EUA, com o país parado, a população nas ruas exigindo respeito à cidadania e, aos negros, que voltam a ser ameaçados pelos racistas brancos da Ku Klux Klan.
O momento é de procurar o equilíbrio, para passarmos por essa crise de proporções avassaladoras, que assola o mundo globalizado.A divisão dos brasileiros neste momento ou em qualquer outra ocasião, põe em risco o território nacional.
NÃO TEMOS ALIADOS – Não pensem que os EUA de Trump, a China de Jinping, a França de Macron e a Alemanha de Merkel são nossos aliados, lógico que não, eles servem aos interesses de seus países.
Não podemos virar a Argélia da França, nem o México dos Estados Unidos. O Brasil é um país importante e tem que continuar assim, fazendo jus à sua grandeza, forte e altaneiro.
Não se iludam, se nós bobearmos, por nossa culpa, eles não terão pena, como fizeram com a URSS. Vão dividir nossa nação em pedaços como uma fatia de pizza. O presidente Mikhail Gorbachev bobeou ao fazer a Glasnot e a Perestroika, e até hoje é considerado um traidor do seu povo.
A sorte está lançada.
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