Correio Braziliense
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar as demarcações territoriais indígenas na tarde deste domingo, dia 7. Após cumprimentar e tirar fotos com cerca de 30 motociclistas, sem o uso da máscara, Bolsonaro falou com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, em especial, uma comitiva do Pará.
Trajando camisetas amarelas com dizeres “A Amazônia é dos brasileiros”, o grupo intercedeu ao presidente pela regularização fundiária das áreas na região. “Você viu que a medida provisória caducou, né”, disse Bolsonaro. “O Executivo faz a sua parte”, disse, afirmando que ‘faz o possível’, dentro da lei.
IBAMA – Outro apoiador reclamou sobre uma ação de fiscalização do Ibama que estaria ‘queimando casas de agricultores e colonos’ e reclamou que o limite das demarcações existentes é muito amplo. “É muito longe o limite que eles demarcaram, é mais de um dia de barco até os índios. Essa fofoca que o pessoal passa de que existe contato com o índio isso é mentira”.
O presidente respondeu: “Tem uma lei feita lá trás. Eu, particularmente, tenho a minha posição. Agora, tem que cumprir a lei. Agora, se há algum exagero, parece que existe. A gente vai buscar uma posição”.
ÍNDIOS – Ao que outro bolsonarista insistiu para que o chefe do Executivo “olhasse por eles”, Bolsonaro rebateu dizendo que o governo se preocupa com a questão, que todos são favoráveis aos índios, mas caracterizou os mesmos de “massa de manobra”.
“O governo está preocupado com isso. A Amazônia é cobiçada pelo mundo todo, não é de hoje. Não é a toa que tem milhões de ONG’s lá e não tem no Nordeste, para exatamente nos tornar mais fracos na defesa da Amazônia. O que alguns países estão de olho é na riqueza mineral que tem lá, a sua biodiversidade. Isso vem de lá de trás dos anos 90. Eu cheguei para botar um ponto de flexão. O que está homologado, você não vai conseguir, no meu entender, rever essas questões todas. Eu botei um freio de arrumação. Todo mundo aqui é favorável ao índio que é nosso irmão, mas o índio sempre foi massa de manobra nessas questões aí”.
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