Michele Oliveira
Folha
O fogo foi a palavra-chave da homilia feita pelo papa Francisco na missa de abertura do Sínodo da Amazônia, realizada neste domingo (6), no Vaticano. Em sua fala, que demorou cerca de dez minutos, o papa mencionou o “fogo” 13 vezes, tanto para comentar a necessidade de “reacender” o dom de Deus recebido pelos bispos, em referência à ação pastoral da Igreja Católica, quanto para criticar as queimadas recentes na floresta.
“O fogo ateado por interesses que destroem, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o do Evangelho. O fogo de Deus é calor que atrai e congrega em unidade. Alimenta-se com a partilha, não com os lucros. Pelo contrário, o fogo devorador alastra quando se quer fazer triunfar apenas as próprias ideias, formar o próprio grupo, queimar as diferenças para homogeneizar tudo e todos”, disse o papa, sem citar nenhum país.
SÍNODO -Convocado há dois anos, o sínodo é uma reunião do papa com 185 bispos dos nove países da Amazônia (58 são brasileiros), além de outros especialistas e convidados. A assembleia acontece até 27 de outubro, sempre no Vaticano.
Na missa de aproximadamente uma hora e meia realizada na Basílica de São Pedro, lotada e transmitida ao vivo por um dos principais canais da TV aberta italiana, o papa se dirigiu aos bispos, sentados à sua frente.
“O dom que recebemos é um fogo. (…) O fogo não se alimenta sozinho, morre se não for mantido vivo, apaga-se se a cinza o cobrir. Se tudo continua igual, se os nossos dias são pautados pelo ‘sempre se fez assim’, então o dom desaparece”, afirmou.
“COLONIZAÇÃO” – Em sua homilia, o papa pediu que a igreja não se limite a uma “pastoral de manutenção” e que o sínodo tenha inspiração para “renovar os caminhos para a igreja” na região.
“A igreja não pode de modo algum limitar-se a uma pastoral de manutenção para aqueles que já conhecem o Evangelho de Cristo”, disse, citando são Paulo.
dos povos indígenas em rituais católicos.
Sobre os povos tradicionais da região, o papa criticou o colonialismo que, em vez de oferecer “o dom de Deus”, o impôs. “Não é o fogo de Deus, mas do mundo. (…) Quantas vezes houve colonização em vez de evangelização. Deus nos preserve da ganância dos novos colonialismos.”
Folha
O fogo foi a palavra-chave da homilia feita pelo papa Francisco na missa de abertura do Sínodo da Amazônia, realizada neste domingo (6), no Vaticano. Em sua fala, que demorou cerca de dez minutos, o papa mencionou o “fogo” 13 vezes, tanto para comentar a necessidade de “reacender” o dom de Deus recebido pelos bispos, em referência à ação pastoral da Igreja Católica, quanto para criticar as queimadas recentes na floresta.
“O fogo ateado por interesses que destroem, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o do Evangelho. O fogo de Deus é calor que atrai e congrega em unidade. Alimenta-se com a partilha, não com os lucros. Pelo contrário, o fogo devorador alastra quando se quer fazer triunfar apenas as próprias ideias, formar o próprio grupo, queimar as diferenças para homogeneizar tudo e todos”, disse o papa, sem citar nenhum país.
SÍNODO -Convocado há dois anos, o sínodo é uma reunião do papa com 185 bispos dos nove países da Amazônia (58 são brasileiros), além de outros especialistas e convidados. A assembleia acontece até 27 de outubro, sempre no Vaticano.
Na missa de aproximadamente uma hora e meia realizada na Basílica de São Pedro, lotada e transmitida ao vivo por um dos principais canais da TV aberta italiana, o papa se dirigiu aos bispos, sentados à sua frente.
“O dom que recebemos é um fogo. (…) O fogo não se alimenta sozinho, morre se não for mantido vivo, apaga-se se a cinza o cobrir. Se tudo continua igual, se os nossos dias são pautados pelo ‘sempre se fez assim’, então o dom desaparece”, afirmou.
“COLONIZAÇÃO” – Em sua homilia, o papa pediu que a igreja não se limite a uma “pastoral de manutenção” e que o sínodo tenha inspiração para “renovar os caminhos para a igreja” na região.
“A igreja não pode de modo algum limitar-se a uma pastoral de manutenção para aqueles que já conhecem o Evangelho de Cristo”, disse, citando são Paulo.
dos povos indígenas em rituais católicos.
Sobre os povos tradicionais da região, o papa criticou o colonialismo que, em vez de oferecer “o dom de Deus”, o impôs. “Não é o fogo de Deus, mas do mundo. (…) Quantas vezes houve colonização em vez de evangelização. Deus nos preserve da ganância dos novos colonialismos.”
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