
Charge reproduzida do Arquivo Google
O IBGE divulgou na sexta-feira e a Folha de São Paulo publicou no sábado, que as famílias brasileiras empobreceram nos últimos nove anos. Agora são 73%, cuja renda mensal encontra-se na escala no máximo de dois salários mínimos. A reportagem é de Nicola Pamplona e acentua, em consequência, que a concentração de renda aumentou e o projeto de distribuição de renda fracassou.
Assinalo que o cálculo de renda contido na pesquisa baseia-se na remuneração mensal de todos os membros de uma família. Se o cálculo fosse por renda individual o levantamento assinalaria que 1/3 da mão de obra ativa brasileira seria de 1 salário mínimo abrangendo 30% dos que trabalham. A renda familiar, por princípio abrange mais do que uma pessoa trabalhando por família.
CONSUMO CAI – A pesquisa foi elaborada com base nas escalas socioeconômicas da população brasileira e refletindo o nível de consumo o qual portanto decaiu. Um bom tema para o presidente Jair Bolsonaro refletir e tirar suas próprias conclusões de um processo extremamente crítico que, sob a lente do ministro Paulo Guedes, não aponta uma saída ideal para a retomada do índice de emprego e da produção brasileira.
A divisão das famílias por renda baseou-se nos seguintes itens: até dois salários mínimos mensais; entre dois a três salários; de três a seis; de seis a dez; de dez a quinze; de quinze a vinte e cinco e finalmente o grupo que supera os 25 SM. Este grupo representa somente 2,5% das unidades familiares do país.
O que chama atenção é o fato da comparação entre os valores de 2018 e os que precederam no tempo. Assim ficou realçada uma tendência.
AS DESPESAS – Outra reportagem de Eduardo Cucola, Tânia Kastner, além de Nicola Pamplona, destaca uma realidade que sufoca o processo de desenvolvimento social. As principais despesas familiares são para alimentação e pagamento de dívidas.
Este processo também assinala a destinação de recebimentos do FGTS. O importante seroa para pagar dívidas e também gerando um sopro de alívio mas com aviso para que não contraiam mais dívidas, em face de os altos juros cobrados pelos bancos brasileiros.
Em O Globo de sábado, reportagem de Cassia Almeida focaliza o peso da indexação inflacionária que no orçamento de 2019 eleva-se em um trilhão de reais as despesas públicas. Tal fato dá bem a medida dos efeitos da indexação obrigatória. A pesquisa foi realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, que teve como uma das coordenadoras a professora Margarida Gutierrez.
O número de 1 trilhão de reais assusta à primeira vista. Porém temos de considerar que o Orçamento federal de 2019 eleva-se a 3,4 trilhões de reais. Assim 1 trilhão de reais representam menos de 1/3 do Orçamento. A comparação dos números tem que se basear no total da receita e da despesa.
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