Postado em 07/10/2019 6:30 DIGA BAHIA!
Pelo
quarto mês consecutivo, as exportações baianas acusaram queda em
relação à igual período de 2018. Em setembro, elas atingiram US$
681,1milhões, com um recuo de 14,4%. As informações foram analisadas
pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI),
autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).
A desaceleração da economia global e a
crise da Argentina vêm afetando o desempenho das exportações baianas,
que já resultaram em uma redução de 7,4% nas receitas no acumulado até
setembro; de 5% na quantidade total embarcada; e de 2,6% nos preços
médios, comparados a igual período do ano passado. A desaceleração é tão
generalizada, que a Organização Mundial do Comércio (OMC), agora prevê
uma expansão do comércio global de mercadorias (em volume) de apenas
1,2% neste ano, menos da metade dos 2,6% estimados em abril e bem abaixo
do resultado de 3% de 2018.
A maior responsabilidade pela deterioração
das expectativas é o acirramento da guerra comercial entre Estados
Unidos e China, que já teve seis rodadas de aumentos de tarifas no
comércio bilateral, aumentando a incerteza e afetando as decisões de
investimento das empresas. O efeito é a perda de gás da atividade
econômica global, com impacto sobre a demanda externa por mercadorias e
serviços.
No mês passado, houve queda de 77,1% nas
exportações do setor automotivo, de 55,7% de produtos petroquímicos, de
36,8% na de papel e celulose e de 4,6% de produtos metalúrgicos, dentre
os mais importantes da pauta.
Na contra mão da tendência, os principais
destaques positivos foram às vendas de derivados de petróleo com
crescimento de 149,1% e as do agronegócio, que também subiram 22,8 % em
relação à igual mês de 2018, puxados pelo aumento dos embarques de soja
(+81,8%) e algodão (+31,7%).
Como resultado da perda de força da
atividade econômica interna e da postergação de investimentos pelas
empresas, as importações recuaram mais ainda que as exportações,
registrando queda de 23,5% comparados aos valores de setembro de 2018,
alcançando US$ 546 milhões.
No mês de setembro, caíram as compras de
combustíveis e lubrificantes (-35,9%), de bens intermediários (-31%) e
de bens de consumo (-48,6%). A exceção foram os bens de capital, que
cresceram 46% embora influenciados pela compra de aeronaves. No ano, as
importações somam US$ 5,27 bilhões, com redução de 8% comparado a igual
período do ano passado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário