'Vilão' da dieta, refrigerante é preferência de 20% dos macapaenses

Homens são os que mais bebem refrigerante, com 22,9%, diz pesquisa.
Estudo do Ministério da Saúde questionou 1,5 mil pessoas em Macapá.

Abinoan SantiagoDo G1 AP

Empresas deixarão de vender refrigerante à escolas para crianças de até 12 anos (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)

Considerado vilão dos bons hábitos alimentares, o refrigerante está no cardápio de pelo menos 20,7% da população de Macapá em cinco ou mais dias da semana. É o que revela a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2014, divulgada pelo Ministério da Saúde.
O estudo analisa domicílios que tem pelo menos uma linha telefônica. O índice de confiança na pesquisa é de 95%. Em Macapá, foram entrevistadas 1,5 mil pessoas, sendo 624 do sexo masculino e 876 do feminino.
Os homens são os que mais consomem refrigerante, com 22,9%. Das mulheres que responderam à pesquisa, 18,6% falaram que bebem o produto por cinco dias da semana.

Refrigerantes são ricos em açúcar e pode
prejudicar a saúde (Foto: BBC)

A nutricionista Louise Redig diz que o produto deve ser excluído da dieta mesmo em caso de uma alimentação saudável.
"O refrigerante tem pouco nutrientes, então ingerindo quantidades significantes todos os dias é possível a pessoa contrair úlcera pela falta disso. Em excesso ele também pode causar gastrite. O produto deve ser excluído da dieta alimentar porque não adianta ter uma alimentação saudável se ao mesmo tempo ele for consumido", analisou.
Para o nutricionista Cauê Alvarenga, o consumo pode ter relação com o alto preço dos sucos em comparação às marcas de refrigerantes. Ele alerta que o excesso do produto é prejudicial para manter o peso.
"O macapaense toma mais refrigerante que o suco porque a polpa é muito mais cara que uma latinha. O excesso dele pode causar diabetes e aumento de peso de forma de geral. Nas mulheres, a alta quantidade pode provocar celulite e estrias", comentou.
Na outra ponta da tabela, os alimentos doces não são muito bem vistos pela população de Macapá. De acordo com a pesquisa, apenas 14,9% disseram comer doces por cinco dias da semana.