Cegos produzem peças artesanais com papel reciclado.
Projeto capacita mais de 15 deficientes visuais, em Rio Branco.
Francisco Pinheiro de Freitas, de 61 anos, conta que ficou completamente cego aos 35 anos, depois disso sua vida nunca mais foi a mesma. Ele lembra que antes de se envolver com o projeto de artesanato não fazia mais nada e nem mesmo interagia com outras pessoas. "Hoje me sinto mais útil", diz orgulhoso do trabalho.
O artesanato é uma das atividades desenvolvidas pela Associação dos Deficientes Visuais (Adevi) para promover a reintegração dessas pessoas na sociedade. A secretária da associação, Alexandra Gonçalves, de 24 anos, afirma que ao menos 15 cegos estão envolvidos diretamente na produção das peças.
"É uma parceria que fazemos com eles [deficientes visuais], para que possam se envolver e se sentir úteis. Muitos deficientes visuais acreditam que por não ter a visão não podem fazer nada e através desse trabalho eles podem se sentir pessoas mais envolvidas com o trabalho, capazes de fazer algo. O artesanato garante aos associados uma arte e uma fonte de renda", finaliza.
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