José Serra já sabe que terá um segundo semestre de cão. Seus problemas
nada têm a ver com Nicolás Maduro ou qualquer outro bolivariano, mas com
a Lava-Jato. Serra aparece nas duas megadelações que estão sendo
negociadas, as da Odebrecht e OAS. As duas empreiteiras revelarão
histórias de propinas em obras públicas nos tempos em que Serra era
governador de São Paulo, entre 2007 e 2010. No caso da OAS, a história a
ser relatada gira em torno de uma propina negociada (e paga)
diretamente entre Léo Pinheiro, sócio e ex-presidente da empreiteira, e
uma pessoa muito próxima de Serra, que dizia falar em nome do então
governador. O rolo com a Odebrecht é relativo ao Rodoanel, a maior obra
viária de São Paulo. A Odebrecht promete detalhar a propina que teria
dado a Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, o controverso ex-diretor da
empresa que administrava a construção de rodovias no estado. José Serra
dá uma resposta sucinta, sobre o conteúdo das delações: "Não cometi
nenhuma irregularidade, tampouco autorizei terceiros a falar em meu
nome". (Lauro Jardim)
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