Por FolhaPress | Fotos: Fotos Públicas
Em mais uma demonstração de alinhamento
com o PT e o PC do B, o presidente interino da Câmara dos Deputados,
Waldir Maranhão (PP-MA), arquivou a CPI da UNE (União Nacional dos
Estudantes), que havia sido criada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) antes de
ser afastado do cargo.
A decisão foi tomada com base em uma
questão de ordem apresentada pelo deputados federais Orlando Silva (PC
do B-SP) e Erika Kokay (PT-DF), que alegaram não haver razão determinada
para a instalação da comissão de inquérito.
A iniciativa havia sido criada em maio a
pedido do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), alvo recorrente de
manifestações organizadas pela entidade estudantil, e foi criticada por
partidos de esquerda.
No requerimento de criação, ele ressaltou
que o objetivo era investigar "atitudes tidas como suspeitas" em
convênios da entidade estudantil com órgãos federais e na aplicação do
dinheiro recebido a título de indenização pelos danos sofridos na
ditadura militar.
O presidente interino é aliado do
governador do Maranhão, Flávio Dino, do PC do B, e foi aconselhado por
ele na decisão de anular a votação do impeachment da presidente Dilma
Rousseff na Câmara dos Deputados, que acabou sendo revogada no mesmo
dia. Não é a primeira vez que
Maranhão desfaz uma decisão tomada por Cunha após o pedido de renúncia
do peemedebista. Na sexta-feira (8), ele também demitiu o diretor da
Secretaria-Geral da Mesa, Silvio Avelino. O funcionário havia sido
colocado no cargo por Cunha e era considerado um dos seus principais
aliados nas manobras realizadas pelo peemedebista na Câmara dos
Deputados.
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