O valor das hortaliças é o mais afetado pela seca.
Com racionamento e baixa vazão dos rios, irrigação foi reduzida.
Os reflexos da crise hídrica no Espírito Santo já são vistos nas prateleiras dos supermercados e nos preços dos produtos. Diante da situação, os preços dispararam. Em alguns produtos, como o chuchu, o aumento do preço foi de 260,61%, apenas entre setembro e outubro.
Entre os produtos pesquisados, a couve-flor branca também apresentou alta significativa. De 1º a 16 de setembro, o produto podia ser encontrado a R$ 0,47, e, agora, no mesmo período em outubro, é comercializada por R$ 1,10. Os dados são das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa).
O repolho também encareceu: o tipo híbrido saltou de R$ 0,31 em setembro, para R$ 0,54 em outubro, apresentando variação de 74,19%. Já o roxo, passou de R$ 0,42 para R$ 0,64, com variação de 52,38%.
(Foto: Divulgação/ Incaper)
As hortaliças são as mais prejudicadas pela seca, segundo Marcos Antônio Magnago, gerente operacional da Ceasa.
“Alguns preços já começaram a subir, que é o caso do tomate e algumas folhosas. Além do racionamento, as pessoas estão com dificuldade de irrigar. E hortaliça não vai sobreviver sem água. À medida que os mananciais vão secando, os preços sobem, porque a oferta cai no mercado”, explicou à Rádio CBN Vitória.
Na categoria dos frutos, o chuchu que, tradicionalmente, possui preços mais baixos, teve uma alta de 260,61%. A cotação da primeira quinzena de setembro, de R$ 0,33, ficou em R$ 1,19, em outubro. O quiabo agora custa R$ 2,75 contra os R$ 1,60 de setembro - uma variação de 71,88%.
Tomate
O tomate também teve uma alta. Uma caixa de 20kg que era comercializada entre R$ 20 e R$ 25, em uma semana, chegou a custar entre R$ 50 e R$ 65, segundo Magnago.
“Os produtores que deveriam plantar nesse mês, estão esperando a chuva chegar. Como a chuva está demorando, também estão demorando a plantar. Os problemas mais sérios podem vir a longo prazo. A situação já está ficando feia, se perdurar, fica pior”, disse.
Apesar do cenário, Magnago garante que não há perigo de desabastecimento de alimentos. Isso porque, alguns produtos estão sendo buscados fora do Estado, para que os preços fiquem mais equilibrados no mercado. Portanto, pesquisa vai continuar sendo fundamental.
Racionamento
O cenário de possibilidade de racionamento de água, também nas cidades da Grande Vitória, coloca as prefeituras em estado de atenção. Multas, mais fiscalização, desligamento dos chuveiros das praias, além de ações de conscientização são algumas das propostas dos municípios para enfrentar o período de estiagem.
Na última semana, a Agência Estadual de Recursos Hídricos, por meio de resolução, recomendou que as prefeituras adaptem, em regime de urgência, seus Códigos de Postura, visando à proibição e à penalização de atividades notadamente reconhecidas como promotoras de desperdício de água.
Com informações de Fiorella Gomes, do jornal A Gazeta*
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