Mais de 60 presos participam do projeto e ganham remição de pena.
Produção de jalecos e lençóis vai para o Hospital São João de Deus.
De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), são entregues cerca de 1300 jalecos por mês e mais de nove mil lençóis ao hospital. “O material produzido é impermeável e proporciona segurança aos profissionais que atuam nos leitos de isolamento”, destacou a responsável técnica pela comissão do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) do HSJD, Graziele Lemos.
Ainda segundo a Seds, todos os detentos trabalham em troca de redução de pena, com desconto de um dia a menos, a cada três trabalhados. Alguns também recebem remuneração que corresponde a três quartos do salário mínimo, cerca de R$ 590.
A diretora-geral do Presídio Floramar, Elisabete Pinheiro Fernandes, destaca que a parceria com o hospital e empresas de confecção tem um caráter pedagógico para os presos. “Além da remição de pena e da qualificação para o trabalho, eles contribuem para o meio ambiente e ajudam uma instituição que presta um serviço relevante para a população de Divinópolis”, destacou.
A produção dos lençóis fica por conta de 48 homens e 12 mulheres. Todos eles trabalham juntos e muitos deles foram treinados pelo deteno José Adelmo, que direcionou o tempo no presídio para aprender sobre maquinários nos cursos fornecidos dentro da unidade. Além da costura, ele dá manutenção nas máquinas, colocando em prática tudo que aprendeu ao longo dos anos de reclusão. “Aqui me sinto útil, produzindo e ajudando outros presos a produzir também”, afirma.
(Foto: Verde Limão/Divulgação)
“É gratificante saber que temos a oportunidade de ajudar e, em contrapartida, ainda receber um trabalho de qualidade. A Jenifer faz o acabamento final das peças. É um trabalho minucioso, que não pode apresentar defeitos e ela sem dúvida alguma é muito caprichosa, responsável, faz bem feito e o mais importante, ela faz o trabalho com amor”, disse.
Mais de 60 peças produzidas pela detenta serão enviadas para a Indonésia ainda nesta sexta-feira (16), segundo Alcina Machado. A gerente ainda garante que quando Jenifer sair do presídio já terá emprego garantido. "Sem dúvida ela será empregada na loja quando sair, se ela quiser. Volto a dizer que o trabalho dela é perfeito e me alegra muito saber que estamos oportunizando esse aprendizado a ela. No início eu mesma ia ao presídio para treiná-la e era difícil por conta do processo, mas hoje é só orgulho”, finalizou.
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