Categoria está em greve desde o dia 15 por reajustes suspensos pelo GDF.
Nesta quarta, manifestação em Brasília terminou com 4 professores detidos.
residência oficial de Águas Claras
(Foto: Cláudio Antunes/Sinpro)
A categoria está em greve desde o último dia 15, depois que o governador Rodrigo Rollemberg suspendeu o pagamento dos reajustes ao funcionalismo público aprovado na gestão passada.
Nesta quarta, quatro professores foram presos durante manifestação no Eixão. O grupo fechou a via para protestar contra a suspensão dos reajustes. A Polícia Militar usou bombas de efeito moral, gás de pimenta e balas de borracha para liberar o Eixão.
"Não apoiamos o comportamento que o Bope teve com a nossa categoria ontem, estamos protestando apenas os nossos direitos. A manifestação de hoje [quinta] será pacífica. Não apoiamos a violência", disse o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro) Cláudio Antunes.
Os manifestantes chegaram à residência oficial por volta de 10h50. Segundo a professora Denise Pereira, 33 anos, além dos reajustes salariais, os professores também pedem mais respeito com a categoria. "A atitude de ontem foi horrível. Os policiais agiram com truculência. Não precisava daquilo, a manifestação já tinha acabado."
Salatiel Ribeiro, de 36 anos, caracteriza o governador do DF como "incompetente e desleal".
"Rodrigo Rollemberg não sabe negociar. Ele nos trata assim porque ele não entrou no serviço público por meio de concurso, e sim por peixada. Se depender dos prazos que ele já deu, vamos permanecer na greve até ano que vem."
Os manifestantes pintaram no asfalto frases de ordem contra o governador. "Calote não", dizia uma das mensagens. Segundo o diretor do Sinpro Kleber Soares, a iniciativa da caminhada até a residência oficial foi uma forma para chamar a atenção da população.
"Não queremos conversar com nenhum represente do governo. O Rollemberg não sabe trabalhar na legalidade. Queremos provar para a população que nós não somos culpados pela greve. O que aconteceu ontem [quarta] foi um verdadeiro massacre contra os professores."
O piso salarial de um professor é de R$ 4,8 mil. Com o reajuste, o valor passaria para R$ 5 mil, segundo o Sinpro. Dos 30 mil educadores do DF, 70% aderiram à paralisação, de acordo com estimativa da entidade. Até nesta quarta, 40% as escolas estavam paralisadas. Após o confronto na Rodoviária do Plano Piloto com a Polícia Militar, todos os colégios amanheceram de portas fechadas. Um colégio, localizado na 413 Sul, espalhou cartazes de 'luto' na portaria.
(Foto: Diogo André/TV Globo)
Segundo o major Luiz Alves, do 17º Batalhão de Polícia Militar, a manifestação foi pacífica. "Fomos chamados para fazer a segurança da residência oficial. Foi tranquilo, ninguém tentou invadir, ao contrário do confronto de ontem."
Ao final da manifestação, os professores se abraçam e cantaram o Hino Nacional com o intuito de representar a solidariedade com os professores presos e feridos no confronto desta quarta-feira.
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