Pois
é, pois é… Paulo Roberto Costa já havia incluído o nome do senador
Delcídio Amaral (PT-MT) entre os beneficiários do petrolão. O STF mandou
arquivar uma investigação contra ele por falta de evidências. A
situação do agora líder do governo no Senado voltou a se complicar.
Fernando
Soares, o Fernando Baiano, delator tido como operador principalmente do
PMDB, afirmou em depoimento que repassou a Delcídio US$ 1,5 milhão
referente à compra da refinaria de Pasadena.
Delcídio
também teria sido beneficiário de propina relativa a aluguel de
navios-sonda, junto com Renan Calheiros, Jader Barbalho e o ex-ministro
Silas Rondeu.
A revelação de parte do conteúdo da delação de Baiano foi feita pelo Jornal Nacional desta sexta. Leiam. Volto em seguida.
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O delator da Operação Lava Jato Fernando Baiano citou o nome de mais um parlamentar como beneficiário do esquema. O senador Delcídio Amaral, do PT, teria recebido propina quando a Petrobras comprou a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
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O delator da Operação Lava Jato Fernando Baiano citou o nome de mais um parlamentar como beneficiário do esquema. O senador Delcídio Amaral, do PT, teria recebido propina quando a Petrobras comprou a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Em março, o
Supremo Tribunal Federal não viu motivos para investigar o senador
Delcídio Amaral, do PT do Mato Grosso Sul, e arquivou o caso em que o
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa citou Delcídio na delação.
Ele disse
que “ouviu dizer”, que Delcídio teria recebido propina quando era
diretor de Gás e Energia da Petrobras, de 2000 a 2002. Mas agora o nome
de Delcídio Amaral voltou a ser citado, desta vez na delação premiada de
Fernando Baiano.
Ele contou
que Delcídio recebeu US$ 1 milhão ou US$ 1,5 milhão. Dinheiro desviado
do contrato da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O delator
disse que o dinheiro foi repassado para pagar a campanha de Delcídio ao
governo do Mato Grosso do Sul, em 2006.
A compra
da refinaria de Pasadena causou prejuízo de mais de US$ 790 milhões,
segundo o Tribunal de Contas da União. Essa é a primeira vez que um
delator cita Delcídio como beneficiário de propina no contrato de
Pasadena. Delcídio teria indicado Nestor Cerveró para diretoria
Internacional da Petrobras, responsável pelo contrato de Pasadena, o que
ele nega.
As
revelações estão sendo investigadas por delegados e procuradores. O nome
de Delcídio também citado em outro contrato da Petrobras, de
navios-sonda. Baiano revelou um acerto envolvendo Delcídio, o presidente
do Senado, Renan Calheiros, o senador Jader Barbalho e o ex-ministro
Silas Rondeau, os três do PMDB.
E US$ 4
milhões desse contrato da Petrobras seriam desviados para pagá-los. As
negociações avançaram e o valor final foi de US$ 6 milhões.
Baiano disse que o operador desses pagamentos foi o lobista Jorge Luz.
O senador
Delcídio Amaral disse que considera um absurdo o nome dele ser citado.
Que ele conheceu Fernando Soares na década de 1990 e que depois não teve
mais contato com ele.
O senador
Jader Barbalho disse que não conhece Fernando Soares e que na época da
denúncia não era senador. O presidente do Senado, Renan Calheiros, negou
as acusações. Também negou que conheça Fernando Soares. Disse ainda que
não autorizou ninguém a falar em nome dele em nenhuma circunstância.
Nós não conseguimos contato com o advogado de Jorge Luz, nem com o ex-ministro Silas Rondeau.
Retomo
Dizer o quê? É uma pena, claro!, que, nesses casos, a investigação certamente não vá avançar com tanta celeridade, não é mesmo?
Dizer o quê? É uma pena, claro!, que, nesses casos, a investigação certamente não vá avançar com tanta celeridade, não é mesmo?
Aliás, o
escândalo de Pasadena é um troço que ficou meio solteiro, largado pelo
caminho, no meio dessa confusão. É claro que tudo isso tem de se
investigado e que não se trata de decretar a culpa e a condenação dos
citados.
Mas resta
evidente que parece haver menos interesse da turma quando “governistas
governistas” são atingidos pelas delações. A predileção mesmo é pelo
“governista oposicionista”.
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