Através do Facebook, ele pediu desculpas pelo "vacilo". "Não quero me eximir de culpa", disse apresentador
Luciano Huck utilizou o Facebook, nesta
sexta-feira (6), para falar sobre a polêmica envolvendo sua grife, a Use
Huck, que estava vendendo uma camiseta infantil com a frase "Vem ni mim que eu tô facin" - um verso em alusão à canção "Ven Ni Min", de Dado Dolabella.
Após muitos acusarem o apresentador de incentivar a
pedofilia, o Ministério Público do Rio de Janeiro decidiu instaurar
procedimento para apurar a venda da peça, que logo foi retirada da loja
virtual.
Camisa para criança gerou polêmica.
(Foto: Reprodução) |
O
estilista Rony Meisler, CEO do Grupo Reserva e sócio de Huck na marca,
já havia dito através de um comunicado que houve "erro humano". O
apresentador, que ainda não tinha se manifestado sobre o assunto,
reforçou a afirmação.
"Mas não quero aqui me eximir de culpa (...) Não
posso garantir que falhas humanas (de minhas equipes, parceiros e as
minhas próprias) e de máquinas nunca voltarão a acontecer, mas posso sim
me comprometer aqui assumindo o compromisso de que farei absolutamente
tudo ao meu alcance para que erros desse tipo não se repetirão", diz um
trecho do comunicado.
Confira na íntegra o texto postado no Facebook:
"Essa semana vivi
uma situação que me deixou muito chateado e que me faz vir a vcs pedir
desculpas. Por uma grave falha operacional da marca de camisetas que
leva meu nome, uma estampa direcionada ao púbico adulto foi lamentável e
idevidamente replicada num modelo infantil. Apesar da empresa para a
qual licencio meu nome ter detectado a falha, retirado a estampa do site
e também se desculpado publicamente, o fato gerou desconforto e
indignação em um número razoável de pessoas entre as quais me incluo.
Mas não quero aqui me eximir de culpa. Acho que errei por não ter criado
mais mecanismos para zelar pelos processos e evitar que falhas desse
tipo pudessem acontecer. Poderia ficar aqui argumentando sobre o
trabalho que tento fazer para fortalecer os valores em que acredito e
que nada tem a ver com a mensagem equivocada que a tal falha gerou, mas
prefiro pedir humildemente desculpas a quem se sentiu ofendido pelo
ocorrido. Não posso garantir que falhas humanas (de minhas equipes,
parceiros e as minhas próprias) e de máquinas nunca voltarão a
acontecer, mas posso sim me comprometer aqui assumindo o compromisso de
que farei absolutamente tudo ao meu alcance para que erros desse tipo
não se repetirão. Sei bem que meu nome e o que tento todos os dias
construir de positivo em torno dele, só tem algum sentido em função da
confiança que milhões de pessoas depositam em mim há vários anos. Mais
uma vez me desculpem pelo vacilo... Abraços e beijos a todos. Luciano".
As imagens divulgadas pela grife de Luciano Huck para justificar o erro que aconteceu na hora de aplicar a estampa na camiseta.
(Foto: Reprodução) |
PolêmicaNa
terça-feira (3), internautas se mobilizaram e criticaram a frase
estampada na blusa criada pela grife por conta do carnaval. Huck - que
na ocasião preferiu não se manifestar - chegou a parar entre os tópicos
mais comentados do Twitter no Brasil. Após as críticas, o site da grife
chegou a ficar fora do ar e cerca de uma hora depois voltou sem o
produto à venda.
"É comum em e-commerce que as artes das estampas
sejam aplicadas posteriormente sobre fotos dos modelos com camiseta
branca, conforme o exemplo abaixo. Por erro nosso, todas as artes de
carnaval (inclusive e infelizmente, esta arte) foram aplicadas sobre a
coleção infantil e disponibilizadas no site sem a devida revisão. Assim
que percebemos esse lamentável erro, imediatamente retiramos a imagem do
ar e decidimos escrever essa carta para explicar tecnicamente o
problema conjuntamente com um pedido de desculpa pela falta de bom senso
e pelo descuido. Obviamente, não fosse o erro, nem a USEHUCK, nem
qualquer outra marca teria a intenção de usar uma imagem como essa para
vender camisetas ou para qualquer outro fim", disse o sócio de Huck,
Rony Meisler, no dia da polêmica.
Há cerca de um ano, a marca de Huck esteve envolvida
em outra confusão na internet. Após o jogador Daniel Alves ser vítima
de racismo durante jogo do Barcelona contra o Villarreal, na Espanha -
quando uma banana foi jogada no campo e ele a comeu -, o apresentador
anunciou a venda de uma camiseta com a hashtag que viralizou por conta
do episódio, #somostodosmacacos, e recebeu críticas negativas.
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