Preços de itens como pão francês, produtos de higiene e eletrodomésticos já sofrem o impacto do câmbio
A alta do dólar, cuja cotação ultrapassou o
patamar dos R$ 3 nesta semana, já influencia a inflação brasileira, que
registrou alta de 1,22% em fevereiro. Segundo o IBGE, preços de itens
como pão francês, produtos de higiene e eletrodomésticos já sofrem o
impacto do câmbio.
Foto: Arquivo CORREIO
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No
caso dos alimentos, um dos principais afetados pela valorização da
divisa americana é o pão francês. O produto, que tinha subido 0,09% em
janeiro, acelerou a alta para 1,23%. Com efeito do pão francês, o café
da manhã subiu 2,73% em fevereiro, ante 1,17% em janeiro.
Apesar da alta, a inflação da categoria alimentação
desacelerou. Em janeiro, a taxa havia ficado em 1,48% e, em fevereiro,
passou a 0,81%. A coordenadora de índice de preços do IBGE, Eulina
Nunes, destaca, no entanto, que o nível de preços continua alto. Além do
dólar valorizado, pesa sobre a inflação de alimentos a seca, que
prejudica safras, reduzindo a oferta, especialmente de itens como
hortaliças.
Fora de alimentos, o impacto do dólar aparece em itens como higiene pessoal e produtos de limpeza, além de eletrodomésticos.
Os preços do grupo saúde e cuidados pessoais subiram
0,60%, com alta de 0,89% de artigos de higiene pessoal. Os preços de
eletrodomésticos avançaram 2,15%, sob influência do dólar e de
recomposição do IPI, segundo Eulina.
"O dólar é malandro, permeia diferentes produtos,
tem efeito até no cosmético usado no cabeleireiro. Os impactos diretos
são mais em trigo, eletrodoméstico e automóvel", explicou a
pesquisadora.
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