Estranhou o título?
Pois é. Mas é verdadeiro da primeira à última palavra. Onde parece haver ironia,
leitor, há apenas linguagem referencial. Luiz Inácio Lula da Silva, o Babalorixá
de Banânia, se encontrou nesta quarta com promotores de um ato do dia 13 em,
pasmem!, defesa da Petrobras. Entre os organizadores estão a CUT, o MST e a UNE.
Todos de esquerda. Todos patriotas. Todos petistas. Emissários de Dilma já
tinham pedido que a manifestação fosse adiada porque acham que ela serve como
uma espécie de estímulo para o protesto do dia 15 contra o seu governo e em
favor do impeachment.
Não deram a menor
bola pra ela. E preferiram se encontrar com o chefão do PT. O manifesto de
convocação ataca também medidas adotadas pelo governo. Lá está escrito: “As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao
seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são
ataques a direitos duramente conquistados pela classe
trabalhadora”.
Lula, o finório,
avisou a seus companheiros que não poderá comparecer ao ato porque, ora vejam!,
não pega bem ser a estrela de uma patuscada que ataca também medidas do governo.
Ou por outra: em vez de este senhor chamar seus comandados e ordenar a suspensão
da manifestação, como pediu a presidente, ele, na prática, a
estimula.
Há muito tempo já
escrevi aqui — e Dilma, consta, tem consciência disto — que Lula é hoje o
principal elemento de desestabilização do governo.
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