Washington fechou embaixadas após interceptar recado do sucessor de Bin Laden para que filial da rede terrorista no Iêmen atacasse domingo passado
Esse tipo de troca de informações entre líderes da rede terrorista é altamente incomum, afirmam analistas de inteligência americanos. Portanto, a interceptação da mensagem foi tratada com extrema urgência pela CIA, pelo Departamento de Estado e pela Casa Branca. Em pouco tempo, congressistas foram informados pelo governo americano sobre o conteúdo da ameaça.
"Foi significativo porque eram sujeitos importantes falando – e de modo muito específico sobre o momento de atacar", disse, em condição de anonimato, uma fonte de Washington ao New York Times. Na comunicação, havia uma ordem para agir no domingo, mas a mensagem não especificava em que local ocorreria o ataque. A reação do governo americano foi fechar todas as embaixadas no Oriente Médio e Norte da África, além de alertar cidadãos americanos sobre o risco de viajar nessas regiões.
Cautela. Continuarão fechadas até sábado 19 missões diplomáticas dos EUA no mundo árabe. Países europeus também decidiram fechar suas embaixadas na região. "Continuaremos a avaliar as informações conforme elas nos chegam, analisando as várias fontes de inteligência relativas a esse caso", disse a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Marie Harf. "O que estamos fazendo é tomando precauções, com uma enorme cautela, para proteger nossos cidadãos, nossas instalações e aqueles que visitam nossas missões no exterior."
Deputados republicanos elogiaram as medidas adotadas pelo governo Barack Obama, na contramão do que ocorreu em setembro. À época, a Casa Branca e o Departamento de Estado foram acusados de negligência diante do atentado contra o consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia. O embaixador americano no país, Christopher Stevens, e três funcionários americanos morreram no ataque, cometido no 11.º aniversário do 11 de Setembro.
O republicano Peter King, deputado de Nova York que preside a Comissão de Inteligência da Câmara, disse ontem acreditar que os líderes da Al-Qaeda pretendiam atacar no Oriente Médio. No entanto, ele não descartou a possibilidade de que os terroristas tentassem agir em território europeu.
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