Paula Janay Alves
Apesar de apresentar crescimento médio de 10% ao ano, o conselheiro nacional da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), Alberto Faria, estima que o setor cresça apenas 6% em 2013, em razão da conjuntura econômica do País.
Em 2012, o Estado tinha 194 locadoras, com uma frota de 17.200 automóveis para aluguel. Já em 2011, a Bahia possuía 189 locadoras, com uma frota de 15.500 veículos. Do total, estão todos os tipos de automóvel, desde carros de passeio a caminhões.
Setor público - Segundo o presidente-executivo da Abla, João Claudio Bourg, o segmento que mais aluga veículos na Bahia e no Nordeste ainda é o setor público, representado pelos governos dos estados e prefeituras.
Nas regiões Sul e Sudeste, o negócio é dominado pela terceirização dos setores de transporte de empresas. "A presença de terceirizadas é um sinal de ascensão da economia", diz Alberto Faria.
No Brasil, 57% do negócio é dominado pela terceirização, 24% pelo turismo de negócios e os outros 19% pelo turismo de lazer.
As informações sobre o setor fazem parte de levantamento anual da Abla, que foi apresentado ontem em Salvador, na concessionária Toyota Terra Forte, na avenida Paralela.
Na ocasião, a entidade também promoveu o 11º Fórum e Salão da Indústria do Aluguel de Automóveis, que será realizado nos dias 18 e 19 de setembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP), com a exposição de montadoras de veículos.
Consumo baiano - O conselheiro nacional da Abla, Alberto Faria, afirma que ao longo dos anos o perfil de quem aluga veículos de passeio está mudando no Estado. Antes dominado pela classe A, o aluguel de veículos de passeio está crescendo nos setores da classe média.
No período de pico de consumo do Estado, o São João, as locadoras chegam a registrar 100% dos carros alugados para viagens ao interior.
"A frota de ônibus é insuficiente para atender a toda a demanda. Quem mais aluga carros para essas viagens é a classe média", afirma Faria.
O conselheiro também aponta a abertura de locadoras em rodoviárias como indício de popularização do serviço. "Antes as empresas estavam presentes só em aeroportos".
Um dos entraves do setor, segundo os representantes da Abla, é a ausência da cultura de aluguel de carros no País. "As pessoas não enxergam o quanto a locação de veículos é interessante, e até mais barata do que usar táxi", diz o presidente da Abla.
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