Porteira em ponte é motivo de discussão em Conceição das Alagoas, MG

 

Reforma orçada em R$316 mil ainda não ficou pronta.
Trabalhos de reparos foram interrompidos devido ao plantio da cana.

Luiz Vieira Do G1 Triângulo Mineiro

Ponte foi interditada devido a obras (Foto:
Luiz Vieira/G1)

É uma história que parece não ter fim. Em Conceição das Alagoas, no Triângulo Mineiro, uma ponte tem sido motivo de discussão entre os moradores. No local, que precisa de reformas, uma porteira foi instalada para regular o trânsito de veículos pesados e as obras que haviam começado foram interrompidas por conta do início do plantio da cana de açúcar.
A porteira na ponte foi instalada no ano passado como uma medida preventiva, já que a ponte é muito antiga e está com a estrutura abalada. Atualmente, somente veículos leves e máquinas agrícolas passam. A reforma orçada em cerca de R$316 mil foi custeada com verbas do Estado. A previsão era de que o local estivesse pronto em 120 dias, mas após 60 dias a reforma foi interrompida novamente.
Segundo Willens Rodrigues de Faria, subsecretario de Políticas Estratégicas e Governabilidade do município, a paralisação foi necessária. “Agora estamos em um início da safra e, como não temos outra alternativa de transporte, houve essa paralisação do tráfego no local. Os produtores da região estão terminando o plantio e assim que acabar retomamos os trabalhos”, explicou.
A única alteração na ponte no último mês foi o reforço da cabeceira. A previsão é que as máquinas voltem ao local em dezembro. Após esse período a previsão é de que a ponte fique interditada por 75 dias. Durante esse tempo, moradores e agricultores da região terão que percorrer um desvio de cerca de 35 quilômetros, pois será proibido passar com qualquer
veículo pelo local.

Moradores precisam pegar caminho alternativo devido
à porteira (Foto: Luiz Vieira/G1)

Para quem precisa passar pela ponte polêmica, a situação parece não ter um fim tão próximo. Para o montador de móveis, Jessé Thiago da Silva, o problema está na falta de planejamento. “Já tem mais de ano isso daqui. Deixaram para fazer mudanças agora e com o período da chuva chegando vai ser difícil. Tem muita gente tendo prejuízo por causa disso daqui”, desabafou.
Já o agropecuarista, Renis de Oliveira Silva, acha que a solução seria outra para o local. “Acho que devia nem ter reformado, mas sim construído outra nova. Vou ter que dar uma volta de 30 quilômetros quando for interditada. É um absurdo”, disse.
A previsão é de que a reforma termine em março de 2012.