Fiéis homenageiam mortos considerados milagrosos no AM

 

As sepulturas de Terezinha Baltazar e Santa Etelvina são muito visitadas.
Populares acreditam que as duas sejam santas.

Marina Souza Do G1 AM

Túmulo da 'Santa Etelvina' é um dos mais visitados
em Manaus (Foto: Marina Souza/G1)

Duas sepulturas chamam a atenção de pessoas que visitam o Cemitério São João Batista, na Zona Centro-Sul de Manaus. Os túmulos da 'Santa Etelvina' e da criança Terezinha Baltazar, consideradas milagrosas, receberam centenas de fiéis na manhã desta quarta-feira (2) em celebração ao Dia de Finados.
A história da famosa 'Santa Etelvina' é uma das mais conhecidas no Amazonas. Etelvina d'Alencar foi uma trabalhadora rural cearense assassinada brutalmente, em 1901, na então Colônia Campos Sales, Zona Oeste de Manaus. Segundo fiéis, após o assassinato a trabalhadora rural teria feito aparições para diversas pessoas, espalhando mensagens de Deus. Apesar de nunca ter sido canonizada, Etelvina é considerada santa por muitos manuaras. Uma placa em seu túmulo diz "mão perversa arrancou-lhe a vida. Piedade do povo do Amazonas erguendo-lhe o monumento".

Fiel reza por Santa Etelvina (Foto: Marina Souza/G1)

A dona de casa Solange Barros, de 45 anos, visitou o túmulo de Etelvina neste feriado. "Esta foi a primeira vez que vim aqui. Amigos já me contaram sobre os milagres da Santa Etelvina. É realmente emocionante visitá-la", disse. A devota de Santa Etelvina, Rosaline Maia, 73, também foi ao local. Segundo ela, "o momento representa uma hora de paz". "Abro meu coração para Etelvina, faço pedidos e rezo para que ela, junto à Deus, me proteja sempre. Ela já atendeu às minhas preces diversas vezes. Sou idosa e sigo saudável porque ela cuida de mim", contou emocionada.

Pessoas rezam pela menina Teresinha Baltazar
(Foto: Marina Souza/G1)

O túmulo de Terezinha Baltazar também atraiu dezenas de pessoas. De acordo com populares, a menina morreu aos sete anos em um acidente de avião em 1971. Acredita-se que ela tenha feito aparições à dezenas de pessoas e que ela fizesse milagres.
Curiosos e fiéis vão à sepultura da menina todos os anos. Segundo Lígia Lopes, de 39 anos, "a menina é realmente uma santa". "Venho aqui rezar por esta criança todos os anos. Minha irmã sofria de depressão, e pedi que Terezinha curasse a doença dela. Hoje minha irmã está bem. Tenho certeza que ela levou meu pedido a Deus", relatou.