"Enfraquecimento sindical prejudica economia nacional", alerta presidente da Nova Central Sindical

 

A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) divulgou alerta sobre os impactos econômicos negativos decorrentes do enfraquecimento dos sindicatos após a Reforma Trabalhista de 2017. Segundo dados da Secretaria Especial de Fazenda, Departamento de Gestão de Fundos e Coordenação-Geral de Recursos Financeiros (2020), entidades patronais receberam R$ 15,9 bilhões provenientes do Sistema "S" naquele ano, enquanto as entidades sindicais dos trabalhadores receberam apenas 0,27% desse valor.

Uma nota assinada por vários presidentes de entidades filiadas á NCST afirma que a economia das cidades brasileiras sofre drasticamente sem o fortalecimento dos sindicatos. "Bilhões de reais injetados anualmente pela negociação coletiva deixam de circular quando os sindicatos não têm estrutura adequada", afirmou Moacyr Roberto Tesch Auersvald, presidente da NCST.

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Faixa azul de SP e Bolsa Educação

Entre as cláusulas sociais obtidas por meio das negociações coletivas, destaca-se a Faixa Azul no município de São Paulo, que beneficia diretamente os trabalhadores motociclistas, melhorando sua mobilidade. Outro exemplo citado pela NCST é o Bolsa Educação, cláusula presente em diversas categorias que garante vagas gratuitas em instituições privadas de ensino para filhos de trabalhadores.

Auersvald criticou ainda a postura de setores que, segundo ele, promovem uma narrativa contra o movimento sindical. "Enquanto entidades patronais recebem bilhões, sindicatos profissionais enfrentam escassez de recursos. O enfraquecimento dos sindicatos é um prejuízo direto ao trabalhador e à economia local, pois reduz salários, limita benefícios e enfraquece o consumo", alertou.

O presidente da NCST defende que os sindicatos são fundamentais para garantir conquistas acima das previstas pela CLT, tais como pisos salariais superiores, participação nos lucros e reajustes acima da inflação, benefícios que circulam na economia real das cidades. "A sustentação econômica do país depende da saúde financeira e organizacional das entidades sindicais. Dados e jurisprudência comprovam claramente essa realidade", concluiu Moacyr Auersvald.

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