MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 30 de janeiro de 2021

Reforma ministerial: Cidadania deverá ser entregue ao Republicanos

 


Charge do Myrria (acritica.com)

Natália Portinari e Jussara Soares
O Globo

 O Republicanos, integrante do centrão e partido de dois filhos do presidente Jair Bolsonaro, deve indicar o novo ministro da Cidadania, pasta mais cobiçada nas mudanças que devem ocorrer no primeiro escalão no próximo mês.

O ministério é responsável por gerenciar o Bolsa Família e operacionalizou também o auxílio emergencial, que parlamentares desejam retomar. A expectativa é que o atual titular da pasta, Onyx Lorenzoni, retorne ao Palácio do Planalto para ocupar a Secretaria-Geral, que está nas mãos de um interino.

INDICAÇÃO – O Republicanos debate internamente quem indicar. Presidente da legenda, o deputado federal Marcos Pereira (SP) é quem irá bater o martelo, de acordo com fontes do governo. O próprio deputado é visto pelo Planalto como uma opção, mas diz não querer assumir um ministério — ele ocupou a pasta da Indústria e Comércio no governo Michel Temer.

Pereira estava entre os deputados que buscavam apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para disputar o comando da Casa, mas percebendo que seria preterido mudou de lado e articula em prol do governista Arthur Lira (PP-AL). Ele esteve com Bolsonaro e Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, na semana passada.

COTADOS –  No Republicanos, os nomes analisados são de Jhonatan de Jesus (RR), atual líder do partido na Câmara, e João Roma (BA), também deputado. Jhonatan de Jesus é nome de confiança e aliado de Marcos Pereira. Roma é próximo de ACM Neto, presidente do DEM. Segundo deputados do partido, a ideia é não indicar alguém diretamente ligado à Igreja Universal, que é ligada à legenda, mas não quer participar diretamente do governo.

Na semana que vem, após a eleição para a presidência da Câmara, os líderes de partidos de centro que apoiam Lira — e esperam que sua vitória se concretize — querem debater uma reforma ministerial. Um dos principais questionamentos do grupo é sobre a militarização do Planalto.

Há criticas a Ramos e também a Braga Netto, da Casa Civil, mas sem indicativo de que haverá mudança de fatos nessas pastas. O retorno de Onyx ao Planalto seria uma tentativa de resposta às reclamações.

MUDANÇAS – Bolsonaro descartou a possibilidade de grandes mudanças no primeiro escalão. Falando com apoiadores, citou apenas a Secretaria-Geral, ocupada interinamente por Pedro César Nunes, subchefe da Casa Civil, desde que Jorge Oliveira assumiu no fim do ano passado uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). “Tenho 22 ministros efetivos e um que é interino. Aí que nós podemos ter realmente um nome diferente ou a efetivação do atual. Nada mais além disso”, afirmou o presidente.

Candidato à presidência da Câmara, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) reclamou da “interferência excessiva do Executivo no Legislativo” e disse que quer ser presidente “de uma Câmara que não se vende por 30 moedas”: “Esta interferência apequena o nosso Parlamento, e eu quero ser presidente de uma Câmara que não se vende por 30 moedas, eu quero ser presidente de uma Câmara que possa contribuir com o nosso país”.

Lira, por sua vez, afirmou que ninguém vai “influir” na presidência da Câmara, caso conquiste o cargo. Na véspera, após se reunir com 30 deputados do PSL, Bolsonaro usou o verbo ao descrever sua atuação na eleição. “Eu não ouvi ninguém dizer que vai influir na presidência da Câmara. Ninguém influi na presidência da Câmara. É diferente do que ele (Bolsonaro) pode ter dito. Eu sou um candidato. Se tiver a oportunidade de ser eleito, serei independente, altivo, autônomo e harmônico”, afirmou Lira.

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