MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 4 de outubro de 2020

Mesmo na pandemia, Aedes Aegypti segue fazendo vítimas na Bahia

 


Cuidado: durante a alta estação, os mosquitos se reproduzem mais rapidamente

Tribuna da Bahia, Salvador
04/10/2020 06:40 | Atualizado há 2 horas e 23 minutos

   
Foto: Romildo de Jesus / Tribuna da Bahia

Por: Cleusa Duarte


Chegada da primavera e proximidade do verão lembram sol, praia e férias. Mas são estações, que precisamos ter muito cuidado com o ciclo do período reprodutivo do Aedes aegypti , nestas estações eles se reproduzem com maior velocidade. Além disso ocorrem as aglomerações de pessoas devido as férias da maioria. Tudo isso, propicia o contágio maior.Desde o início do ano 81.145 mil pessoas tiveram a doença na Bahia e 7 morreram. No mesmo período de 2019, foram notificados 62.161 casos prováveis, o que representa um aumento de 30,54%. de casos confirmados.

“ Precisamos atuar em todas as estações do ano para evitar os casos. A primavera porém é um período que se inicia com o aumento da temperatura e é acompanhada por período de chuvas. Isso acarreta aumento na proliferação de mosquitos. Inclusive os do gênero Aedes causadores das arboviroses (dengue, Zika e Chikungunya)”, explica Ana Claudia Nunes, Coordenadora da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (CODTV/DIVEP) da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB).

As recomendações da SESAB são para que a população seja fiscal da sua casa , do seu bairro que recolha o lixo de forma adequada, que cuide dos pratos das plantas colocando areia até a borda, que limpe seus telhados retirando as folhas e galhos das calhas, observe os terrenos baldios e não deixe acumular lixo, que recolha as garrafas vazias e vire de cabeça para baixo, dentre outras ações.

Ana Claudia esclarece,“ a DIVEP tem se reunido com os núcleos regionais de saúde e com os municípios do Estado para traçar estratégias para o combate. Realizado compra e distribuição de repelentes. Nas próximas semanas estaremos indo in loco em alguns municípios para verificar os planos de contingências para as arboviroses e a implantação / implementação da salas municipais das controle para o Aedes aegypti.”

As cidades baianas com maior registro de casos da doenças são: Jequié/ Barra do, Itaberaba/ Marcionílio Souza, Santa Maria da Vitória /Jaborandi , Irecê/ Uibaí, Caetité/ Jacaraci, Serrinha/ Valente, Itaberaba/ Itaberaba Jequié/ Jaguaquara, Brumado Contendas do Sincorá e Seabra/ Seabra .

“Apesar da pandemia COVID-19 as ações das arboviroses permanecem. Estamos atuando junto com os núcleos e municípios, na intensificação as orientações de controle vetorial, planejamento da semana de mobilização de combate ao vetor, liberando o carro UBV para os municípios com mais incidências, porém ele só atua no mosquito adultos. Publicamos boletins epidemiológicos semanalmente, publicamos 2 alertas epidemiológicos, distribuímos kits para os agentes de combate à endemias, distribuição de repelentes para todas as gestantes cadastradas no Bolsa Família. 81.145 mil pessoas adoeceram pela dengue até 26 de setembro e 7 pessoas morreram”, comenta Ana Cláudia.

Em Salvador, este ano até o dia 26 de setembro foram registrados 9. 808 casos contra 8.159, no ano passado. No ano passado foram registradas quatro mortes e esse ano, uma.

“O Ministério da saúde emitiu a nota Informativa nº 08, no mês de março, durante a pandemia transmitida por virus respiratório (COVID 19, na qual, dentre outras orientações, determinou que os agentes de combate às endemias deveriam realizar suas inspeções no peridomicílio. Entende-se por peridomicílio a região nas residencias onde haja pátio, varanda ou quintal. Nesse momento orientamos à população que tenham o olhar do agente de combate às endemias (ACEs). Ou seja,elimine qualquer recipiente que possa acumular água. O que não pode eliminar, por exemplo, tonéis e tanques estes precisam ser devidamente tampados. Sem nenhuma fresta. Para que se torne impossibilitado que a fêmea faça ovopostura. Outra orientação é o descarte de lixo e inservíveis de forma disciplinada e organizada para que não fique no ambiente e se torne um criadouro. A dica é a seguinte : tudo que acumula água deverá ser descartado”, informa Isolina Miguez , Subcoordenadora de Ações de Controle das Arboviroses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)

Isolina também diz que a Prefeitura de Salvador está atenta ao controle, “o trabalho dos agentes de combate às endemias continuam. Eles realizam inspeção e ação educativa em todas as localidades de Salvador e ilhas. Quando há notificações de arboviroses em determinadas áreas é realizado inspeção focal e se necessário aplicação espacial de inseticida.”

Sobre intensificação de trabalho, Isolina afirma, “a intensificação é diária. Todos os agentes estão sensibilizados quanto aos casos notificados de arboviroses pois os anos de 2019 a 2021 foram sinalizados pela Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) quanto à possibilidade ao aumento do número de casos na região das Américas. A prefeitura realiza atividades de controle vetorial de segunda a sábado com equipes extras na realização de atividades focais e espaciais. A parceria com outros órgão também é muito importante pois é realizado ações de mutirões (LIMPURB) e com acumuladores (SEMPRE).”

Os bairros com maiores incidências da doença em Salvador são: Subúrbio Ferroviário com 1640, Cabula/ Beiru com 1636, Pau da Lima com 1273, São Caetano Valéria com 1039 e Itapoã com 1007.

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