MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Incentivado por grandes empresas, congelamento de óvulos por mulheres mais jovens tende a aumentar

 


 

 Multinacionais e até empresas nacionais já incorporaram o custeio do procedimento aos seus pacotes de benefícios

 

Para atrair e reter funcionários, empresas estão cada vez mais atentas às demandas pessoais de seus colaboradores. Grandes companhias, como Google, Apple e Linkedin, incluíram, em seus robustos pacotes de benefícios, o reembolso para o congelamento de óvulos. Em algumas dessas organizações as funcionárias recebem reembolso de parte do procedimento, em outras, o reembolso é integral, e compreende, ainda, as esposas dos colaboradores. Para o médico ginecologista da Clínica Origen de Reprodução Humana, dr. Selmo Geber, essa atitude, por parte das organizações, reflete o desejo cada vez mais comum entre as mulheres de priorizar a carreira ou outros projetos pessoais em detrimento da maternidade. “O congelamento de óvulos tira da mulher essa pressão em ser mãe antes dos 35 anos, quando, muitas delas, encontram-se no auge de suas carreiras ou focadas em outros planos”, explica.

Na Clínica Origen, o número de mulheres com menos de 35 anos que optam pelo congelamento de óvulos tem crescido ano após ano. Para os diretores, este movimento aponta para um caminho que, ao que tudo indica, não tem volta: “Antes as mulheres recorriam ao congelamento de óvulos quando estavam beirando os 40 anos. Mas estamos percebendo uma mudança nesta cultura. Mulheres de 32, 33 anos decidem se submeter ao procedimento porque já estão decididas a deixar o plano da maternidade para depois. Ao mesmo tempo, não querem eliminar, por completo, a oportunidade de vivenciar a maternidade”, explica o médico ginecologista dr. Marcos Sampaio. Dados da Anvisa mostram um crescimento na demanda por procedimentos para preservação da fertilidade no Brasil. Em 2018, foram congelados 88.776 embriões para uso em técnicas de reprodução humana assistida, -13,5% a mais do que em 2017. Os números de 2019 não foram divulgados.

No Brasil, uma gigante do setor farmacêutico, com sede em São Paulo, seguiu a tendência das grandes companhias e se tornou a primeira a incorporar o congelamento de óvulos ao seu pacote de benefícios, há três anos. À empresa, cabem os custos referentes ao procedimento, honorários dos médicos e toda a medicação necessária, ficando a cargo das colaboradoras apenas a manutenção do congelamento. Para Geber, o benefício tende a se transformar em uma realidade comum a muitas empresas, contribuindo para que mulheres cada vez mais jovens sejam submetidas ao procedimento. “Se a mulher está decidida a postergar a gestação, esse incentivo por parte da companhia é fundamental para que ela possa realizar o congelamento com segurança, dedicando-se ao que mais importa para ela naquele momento da vida, sem pressa, sem obrigações e sem nenhuma pressão”.

Sobre o procedimento

Antes de mais nada, a mulher que decide recorrer ao congelamento de óvulos precisa se submeter a alguns exames que irão garantir a inexistência de doenças capazes de comprometer a qualidade dos óvulos. Caso o procedimento possa ser feito com segurança, são administrados hormônios folículo-estimulantes para o crescimento de múltiplos folículos nos ovários. Em seguida, é administrado um outro hormônio, cuja função é impedir que os folículos se rompam. Quando os folículos atingem o tamanho adequado, um último hormônio é utilizado para amadurecimento dos óvulos.

Sob o efeito de analgesia, a paciente é submetida ao procedimento de coleta, que dura cerca de 10 minutos. Uma agulha acoplada ao aparelho de ultrassom é inserida no canal vaginal e guiada até os ovários, de onde os óvulos são aspirados.

Depois da coleta, os óvulos maduros são avaliados e congelados em nitrogênio líquido, podendo ficar armazenados por tempo indeterminado.



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Dr. Selmo Geber e dr. Marcos Sampaio
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