MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 4 de outubro de 2020

Lojas de material de construção terão que explicar preços altos

 


Com objetivo de investigar aumento abusivo, Procon deu início a uma operação

Tribuna da Bahia, Salvador
02/10/2020 13:54 | Atualizado há 1 dia, 19 horas e 15 minutos

   
Foto: Romildo de Jesus / Tribuna da Bahia

Por: Poliana Antunes


Após receber denúncias sobre preços abusivos de materiais de construção, o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-BA), notificou diversas lojas do ramo em toda a capital baiana. A operação que teve início nesta quarta-feira (30) tem objetivo de investigar se há abuso no aumento dos preços de alguns produtos utilizados na reforma e construção de casas e apartamentos. Dessa forma, o órgão cobra dos responsáveis, justificativas pelo aumento praticado.

De acordo com o Procon-BA, a maioria das reclamações foram em relação ao preço do milheiro de tijolo, blocos cerâmicos, blocos de concreto, cimento, areia e britas. Na ação, fiscais solicitaram, além de notas fiscais de compra e venda de tijolos, os registros fiscais de saco de cimento, de ferro 3/8, da brita zero, entre outros produtos.

O zelador Roberto de Sousa, 43 anos, relata que “antes da pandemia do coronavírus, a média do preço cobrado pelo milheiro de tijolos era de R$ 300. No meio da crise, o valor foi elevado para R$ 800, sem nenhuma justificativa plausível. Tive que parar minha reforma em casa”, disse Roberto.

Em entrevista para Tribuna da Bahia, Ricardo Almeida, gerente de uma loja de materiais de construção, localizada no bairro da Boca do Rio, alegou se tratar apenas de repasse dos custos, que subiram com a falta dos itens. “De fato teve um aumento grande nos preços de alguns materiais. Mas estamos apenas repassando o valor que compramos nas indústrias”, justificou o gerente.

O Procon-BA explica que agora deve analisar as justificativas e toda a documentação para verificar se não se trata de um aumento injustificado nos preços desses produtos durante a crise do coronavírus. A contar do início da operação todos estabelecimentos notificados têm 10 dias para apresentar resposta ao órgão fiscalizador e justificar os valores cobrados. Se for constatada abusividade, a empresa poderá ser multada.

Vale lembrar que o consumidor que desejar fazer uma denúncia dessa natureza, deve consultar o site, Consumidor.gov.br, onde poderá se comunicar diretamente com as empresas participantes, que se comprometem a receber, analisar e responder as reclamações de seus consumidores em até 10 dias.

Primeiro, o consumidor verifica se a empresa contra a qual quer reclamar está cadastrada no site. O consumidor registra sua reclamação e a empresa tem até 10 dias para analisar e responder. Em seguida, o consumidor tem até 20 dias para comentar e classificar a resposta da empresa, informando se sua reclamação foi Resolvida ou Não Resolvida, e ainda indicar seu nível de satisfação com o atendimento recebido.

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