A
Amurc emitiu uma dura nota para rebater o secretário estadual de Saúde,
Fábio Vilas-Boas, que acusou prefeitos sul-baianos de terem agido com
letargia no período inicial da pandemia do coronavírus. Numa nota
assinada pelo prefeito de Firmino Alves e presidente da Associação, Lero
Cunha, a Amurc diz que Vilas-Boas “faltou com a verdade” ao culpar
prefeitos.
A entidade ainda aponta que,
no início da pandemia, faltou diretriz dos governos estadual e federal,
forçando os prefeitos a adotar medidas como suspensão de aulas,
fechamento do comércio e outras ações de isolamento socia.
– Em nenhum momento os
gestores municipais transferiram as suas obrigações para quaisquer entes
federados, sofrendo as vezes calados pela negligências de alguns, por
entenderem que este é o momento de união – ressalta Lero Cunha em nota.
NOTA DE APOIO AOS PREFEITOS(AS)
A Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da
Bahia vem a público se manifestar o seu APOIO AOS PREFEITOS(AS) diante
da fala do Secretário de Saúde do Estado da Bahia o Dr Fábio Vilas-Boas,
em entrevista ao Jornalista Sr. Tom Ribeiro no Programa Balanço Geral,
que foi ao ar nesta quinta-feira, 4. Destacamos que na entrevista o
Secretário faltou com a verdade ao se dirigir a alguns Prefeitos da
Região Sul da Bahia ao longo da sua fala: “houve por parte das
prefeituras uma letargia inicial na tomada das decisões. Nós tivemos que
intervir junto com os prefeitos das duas cidades [Itabuna e Ilhéus] e
com todos os demais prefeitos da região para tomar medidas mais
restritivas”.Neste momento de pandemia, maior crise no sistema de saúde mundial, onde vidas estão sendo ceifadas, não cabe a nenhum ente federado tencionar o debate seja por palavras ou ações que não sejam proativas, resolutivas e benéficas à construção de propostas e soluções ao enfrentamento do COVID-19.
Os municípios, na ausência de diretrizes dos Governos, Federal e Estadual buscou ATUAR/AGIR, no que lhe cabe constitucionalmente. Assim, o fez expedindo Decretos de Isolamento Social, com fechamento das atividades escolares, de comércio e serviços não essenciais, restrição e ordenação das feiras livres, barreiras sanitárias, aquisição de testes e EPIs, contratação de profissionais de saúde, ampliação das suas unidades de saúde e hospitalares, dentre outras.
Os Prefeitos(as) se posicionaram, independentemente da cor partidária, aberto aos demais entes ao diálogo político, técnico e ético. Em nenhum momento os gestores municipais transferiram as suas obrigações para quaisquer entes federados, sofrendo as vezes calados pela negligências de alguns, por entenderem que este é o momento de união. Não há espaço para protagonismo, atitude outras que não seja as que resultem na eficiência, eficácia e efetividade de políticas públicas conjuntas para fazer face a luta contra o Coronavírus.
Os gestores municipais vem sofrendo pressões válidas pela reabertura gradativa das atividades econômicas não essenciais, mas vem sendo firmes em não ceder, apesar de compreender os esforços destes segmentos. Porém, o Estado que é responsável pela Média e Alta complexidade, lhe cabe, portanto, a estruturação das unidades hospitalares que possuem caráter de uso regional.
A Associação vem atuando firmemente em apoio aos municípios, dialogando com diversos setores e entes em busca de atendimento às demandas diversas. Neste momento o que precisamos é nos UNIR, buscar convergências de atos e ações.
Assim posto, continuaremos em defesa dos municípios, buscaremos dirimir ruídos e apontar pontes de diálogo, que resultem na aproximação dos Municípios, Estado e União, para o enfrentamento da pandemia e reconstrução do momento pós pandêmico.
Solicitamos do Secretário de Saúde Dr Fábio Vilas-Boas mais diálogo e ações. Temos a certeza que poderemos contar com a sua Secretaria e com o Governo da Bahia, no atendimento às demandas e os desafios. Que cada ente assuma o seu papel e responsabilidade perante a crise da mesma forma e responsabilidade que os municípios vem fazendo.
AURELINO MORENO DA CUNHA NETO
PRESIDENTE DA AMURC
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