Bernardo Mello Franco
O Globo
Ricardo Vélez é um ex-ministro em atividade. Se ele ainda não tinha se dado conta, recebeu o aviso na quarta-feira. Num intervalo de poucas horas, o colombiano foi fritado pelo chefe e espinafrado por deputados. Terminou o dia tendo que informar, pelo Twitter, que ainda não havia sido demitido.
Em entrevista a um programa policial na TV, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que o Ministério da Educação parou. “Não tá dando certo as questões lá”, disse. Ele acrescentou que é preciso “ter poder de comando, exercer autoridade e indicar pessoas corretas”. Tudo o que falta na gestão de Vélez.
CAÇA ÀS BRUXAS – Na Câmara, os deputados lembraram de tudo o que sobra. Polêmicas vazias, bagunça administrativa, clima de caça às bruxas. “Parece que o MEC estabeleceu como prioridade lutar contra moinhos de vento”, resumiu Israel Batista (PV-DF).
Os parlamentares questionaram o ministro sobre as demissões em série e a falta de rumo da pasta. “Quem manda no MEC é o senhor ou o Olavo de Carvalho?”, perguntou Bira do Pindaré (PSB-MA). “Vossa Excelência não tem controle algum do ministério”, respondeu Aliel Machado (PSB-PR).
“Vossa Excelência tá no bico do corvo”, avisou Ivan Valente (PSOL-SP). “Não tem qualificação para o cargo. Não tem preparo. Não sabe o que é gerir a máquina do MEC. Peço que renuncie”, prosseguiu.
PEDIA SOCORRO – A cada cobrança, Vélez balbuciava respostas evasivas ou pedia socorro a assessores. “Nunca vi tamanho enrolation. Estamos perdendo tempo nesse espetáculo de horror”, protestou Reginaldo Lopes (PT-MG).
Sem elevar a voz, a estreante Tabata Amaral (PDT-SP) aplicou o golpe definitivo no ministro. “Sua incapacidade de apresentar uma proposta, de saber dados básicos e fundamentais, é um desrespeito à educação”, disse. “Não conheço um gestor que não saiba o mínimo do que está fazendo”, arrematou.
Se tivesse uma biografia a preservar, Vélez não voltaria ao ministério nem para buscar o paletó. Ele preferiu dizer que só sai por ordem de Bolsonaro. “Estou gostando muito do cargo”, explicou.
O Globo
Ricardo Vélez é um ex-ministro em atividade. Se ele ainda não tinha se dado conta, recebeu o aviso na quarta-feira. Num intervalo de poucas horas, o colombiano foi fritado pelo chefe e espinafrado por deputados. Terminou o dia tendo que informar, pelo Twitter, que ainda não havia sido demitido.
Em entrevista a um programa policial na TV, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que o Ministério da Educação parou. “Não tá dando certo as questões lá”, disse. Ele acrescentou que é preciso “ter poder de comando, exercer autoridade e indicar pessoas corretas”. Tudo o que falta na gestão de Vélez.
CAÇA ÀS BRUXAS – Na Câmara, os deputados lembraram de tudo o que sobra. Polêmicas vazias, bagunça administrativa, clima de caça às bruxas. “Parece que o MEC estabeleceu como prioridade lutar contra moinhos de vento”, resumiu Israel Batista (PV-DF).
Os parlamentares questionaram o ministro sobre as demissões em série e a falta de rumo da pasta. “Quem manda no MEC é o senhor ou o Olavo de Carvalho?”, perguntou Bira do Pindaré (PSB-MA). “Vossa Excelência não tem controle algum do ministério”, respondeu Aliel Machado (PSB-PR).
“Vossa Excelência tá no bico do corvo”, avisou Ivan Valente (PSOL-SP). “Não tem qualificação para o cargo. Não tem preparo. Não sabe o que é gerir a máquina do MEC. Peço que renuncie”, prosseguiu.
PEDIA SOCORRO – A cada cobrança, Vélez balbuciava respostas evasivas ou pedia socorro a assessores. “Nunca vi tamanho enrolation. Estamos perdendo tempo nesse espetáculo de horror”, protestou Reginaldo Lopes (PT-MG).
Sem elevar a voz, a estreante Tabata Amaral (PDT-SP) aplicou o golpe definitivo no ministro. “Sua incapacidade de apresentar uma proposta, de saber dados básicos e fundamentais, é um desrespeito à educação”, disse. “Não conheço um gestor que não saiba o mínimo do que está fazendo”, arrematou.
Se tivesse uma biografia a preservar, Vélez não voltaria ao ministério nem para buscar o paletó. Ele preferiu dizer que só sai por ordem de Bolsonaro. “Estou gostando muito do cargo”, explicou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário