MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 5 de março de 2015

Dilma tem razão nas críticas ao ministro Joaquim Levy


Flávio José Bortolotto
A presidenta Dilma Rousseff tem razão em criticar “os adjetivos” usados pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, em sua crítica “coloquial” da desoneração da folha de pagamento das empresas, e que custam R$ 25 bilhões/ano, num governo que tem déficit de cerca de R$ 330 bilhões/ano ou 6% do PIB.
Esqueceu-se o ministro da Fazenda que essa desoneração da folha de pagamentos foi aprovada ou até inspirada pela própria presidente, numa tentativa, antes da eleição, de fazer reagir a indústria, ou pelo menos atenuar sua retração, o que realmente aconteceu. A indústria, apesar da desoneração, não reagiu como o esperado, porque, como nos explicou ontem o ex-ministro Bresser Pereira, está entre a bigorna do “câmbio supervalorizado” e a marreta dos “altos juros”.
JUROS E INFLAÇÃO
No Brasil, quando o Governo vai baixando os Juros, a Inflação começa a subir, e o governo se vê obrigado a elevá-los novamente para frear a Inflação. E assim avançamos “em gangorra”.
Isso acontece, a meu ver, por causa do gigantesco déficit. Num PIB de R$ 5,5 trilhões, o governo federal arrecada cerca de 70% de 36,5% do PIB, o que dá 0,7 x 0,365 x R$ 5,5 trilhões = R$ 1,405 trilhões/ano.
Isso não é pouco. Mas para zerar seu Orçamento, o governo ainda necessita de R$ 810 bilhões/ano, que também são retirados da produção, via venda de títulos do Tesouro (giro da dívida pública anual). Isso é igual a quase 60% de todos os Impostos Federais. É essa necessidade brutal de captação do governo que leva os Juros à estratosfera e pressiona a inflação.
O governo federal precisa ir reduzindo seu brutal déficit.

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