MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 6 de março de 2015

Casal dorme em barco no quintal de casa durante cheia em Rio Branco


Com vazante, casal retorna para residência nesta sexta; 'era apertadinho'.
Nível do Rio Acre, em Rio Branco, continua baixando.

Aline Nascimento e Geisy Negreiros Do G1 AC
Barco serviu de moradia para Maria José e o marido Sebastião (Foto: Aline Nascimento/G1)Barco serviu de moradia para Maria José e o marido Sebastião (Foto: Aline Nascimento/G1)
Durante quatro dias, um pequeno barco serviu de moradia para Maria José Barroso Dantas, de 58 anos, e o marido Sebastião Pereira, de 63 anos. A residência do casal, localizada na Rua 10 de Junho, Conjunto Casa Nova, em Rio Branco, foi invadida pelas águas do Rio Acre, durante a pior enchente da história do estado. Para não deixar o imóvel desprotegido, o casal dormia no barco de pesca ancorado no quintal. Nesta sexta-feira (6), após vazante do rio, os dois voltam a dormir em casa novamente.
A sensação, segundo Maria, é de alívio. "Vai dando uma tranquilidade. O barco é pequeno, muito apertadinho. Hoje vou dormir em casa, se Deus quiser", comemora.
Ela, o marido, a filha e dois netos, de 4 e 11 anos, moram no local faz apenas dois anos. Antes, moravam no bairro Cadeia Velha, um dos primeiros bairros a alagar. Maria conta que à medida que a água ia se aproximando da casa os móveis iam sendo suspensos. A filha e os netos encontraram abrigo em casas de amigos. Após dias de aflição, nesta sexta, o dia foi de limpeza no local. "Estou tirando a lama antes que seque", diz.
Geladeira e móveis foram suspensos na casa de Maria  (Foto: Aline Nascimento/G1)Geladeira e móveis foram suspensos na casa
de Maria (Foto: Aline Nascimento/G1)
O Rio Acre, em Rio Branco, atingiu o pico de 18,40 metros pela primeira vez. A cheia alcançou 53 bairros, desabrigou 10,4 mil pessoas e afetou diretamente mais de 87 mil habitantes. Desde a noite de quarta-feira (4), o rio vem baixando e, na medição 9h, registrava 17,92 metros.
Apesar da vazante, a recomendação da Defesa Civil é que as famílias esperem as águas baixarem pelo menos mais 4 metros, de modo que o rio fique abaixo da cota de transbordo, que é de 14 metros, para só então retornarem para suas residências.
Na noite de quinta-feira (5), as seis ruas que haviam sido interditadas no Centro, além da Quarta Ponte foram liberadas e o trânsito voltou a fluir normalmente. A energia em várias localidades também começou a ser restabelecida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário