Eles cobram agilidade na sindicância que investiga negligência do médico.
Empresária morreu em novembro; cirurgião foi indiciado pela Polícia Civil.
"Começamos a recolher assinaturas on-line em 23 de dezembro e cerca de 15 dias depois no papel. Hoje [quarta] viemos aqui para entregar este documento ao Cremepe para que eles agilizem a sindicância que abriram em relação ao médico Gustavo Menelau, que operou minha sobrinha", disse a tia de Fernanda, Rosineide Oliveira.
A irmã de Fernanda, Andrea Nóbrega, também estava com o grupo que entregou o documento. "Estamos aqui só para pedir uma resposta ao Cremepe. Queremos que os culpados sejam responsabilizados e respondam por isso. Muito difícil entender que não tenho mais minha irmã, que não tenho mais minha amiga."
A empresária engordou mais de dez quilos para poder passar pela cirurgia bariátrica em 29 de outubro do ano passado, recebendo alta médica no dia 31. Parentes relataram à polícia que, no mesmo dia, Fernanda Nóbrega reclamou de muitas dores e vinha apresentando vômitos. Com a situação piorando, a família decidiu levá-la para a emergência do hospital onde havia sido operada na madrugada do dia 31 para 1º de novembro. Ele faleceu no dia 2 de novembro.
abraçaram ao lembrar de Fernanda durante o protesto
(Foto: Débora Soares/G1)
No inquérito, a delegada Maria Helena Couto relatou que o quadro de falta de ar da paciente após a redução do estômago foi tratado pelo médico como crise de ansiedade devido à cirurgia. No entanto, Fernanda teve uma tromboembolia pulmonar.
Após as investigações, a Polícia Civil encaminhou o inquérito para o Ministério Público de Pernambuco no início de dezembro. Procurada pela reportagem, a assessoria do MPPE informou que quem estava respondendo pelo processo era a promotora Cristiane Roberta, mas como ela foi para a procuradoria, o inquérito será redistribuído na próxima segunda (3).
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