Uma
praga chamada Moniliophthora roreri, conhecida como monilíase do
cacaueiro foi detectada no município de Cruzeiro do Sul, interior do
Acre. A monilíase, é também PQA e considerada a doença mais devastadora
para o cacau. A praga tem histórico de grandes prejuízos em outros
países, sendo as variedades dos hospedeiros no Brasil suscetíveis a esta
doença. O Brasil como grande produtor de cacau, fica evidente o seu
potencial de dano para o país. O Brasil já sofreu com o impacto da
vassoura de bruxa que gerou uma perda de 75% na produção do cacau, assim
como desempregos. Temendo esses e outros prejuízos gerados
anteriormente, agora mais do que nunca existe uma urgência em se
encontrar soluções para o problema. Existe uma necessidade de atenção
maior do governo federal, a falta de investimento e comunicação gerou e
gera ainda muitos prejuízos no avanço social, econômico, cultural e
ambiental. Desde 2018 os consórcios de
munícipios (Amurc, CIMA, Território Litoral Sul e Ciapra), vem tentando
audiência com a Ministra da agricultura,(Tereza Cristina) mas não se tem
dado a devida atenção. “Tem sido avisado ao ministério da agricultura,
porém a ministra não verticalizou a discussão, e não deu ouvidos as
lideranças regionais.´´ diz Valete, prefeito de Jussari (Presidente do
Consorcio Intermunicipal da Mata Atlântica.) Infelizmente a Bahia não
tem uma política voltada para a cultura do cacau. No mês de março houve a
exoneração do cientista Raul Valle, (da chefia do Centro de Pesquisas
do Cacau (CEPEC), em Ilhéus), nove cientistas dirigentes da Comissão
Executiva do Plano da Lavoura lotados na Bahia (Ceplac) Rondônia e
Pará, pediram afastamento dos seus cargos.O motivo revelava a falta de
comunicação entre o Governo federal e as lideranças regionais da
cacauicultura brasileira. É preciso dar continuidade as pesquisas, e se
munir para evitar uma nova crise econômica, social e ambiental.
Precisamos de uma política mais concreta e objetiva em relação a
promoção da cacauicultura baiana. A bahia é o primeiro produtor de cacau
nacional, porém tem perdido espaço para o governo do Pará, que tem
investido pesado na assistência técnica, pesquisa e extensão. O prefeito
Valete, irá convidar os parceiros dos consórcios Ciapra, Amurc, Baixo
Sul, Territorio Litoral Sul, para juntos encaminhar o pedido de
providência e urgência na tratativa dessa questão. Vai propor também que
haja uma convocação do governo federal e do governo do estado aos
pesquisadores que foram demitidos, aos aposentados PHDs, pesquisadores
extensionistas, para fazer frente a doença, retomar a pesquisa, preparar
um modelo de extensão e assistência técnica permanente aos
cacauicultores do Brasil.
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