A Secretaria Nacional, ainda, aponta os prejuízos no aprendizado dos estudantes, tendo mais impacto nas famílias com menos recursos financeiros
Foto: Nações Unidas/Pierre Albouy
O Ministério da Mulher, Família e do Direitos Humanos (MMFDH) publicou, nesta sexta-feira (9), uma carta aberta voltada para prefeitos referente à reabertura das escolas municipais e privadas. O referido documento, traz um levantamento da suspensão do ensino presencial na vida das crianças e dos adolescentes.
“Entendemos que o retorno às aulas presenciais está vinculado a uma real preocupação com a educação de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social ou com alguma deficiência, inclusive no contexto da insegurança alimentar agravada pela falta da merenda escolar em decorrência da manutenção do fechamento das escolas”, destaca o secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha.
A Secretaria Nacional, ainda, aponta os prejuízos no aprendizado dos estudantes, tendo mais impacto nas famílias com menos recursos financeiros. Um dos levantamentos apresentados no documento foi realizado pela Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aponta que a interrupção não só acarreta riscos ao bem-estar, educação e proteção das crianças em todo o mundo, como também consequências econômicas indesejáveis de longo prazo, potencializando desigualdades.
“De acordo com dados do Disque 100, mais de 55% das denúncias de violação de direitos humanos registradas em 2019 foram contra crianças e adolescentes. Quantas crianças deixaram de ser acompanhadas pelos professores e estão sofrendo sozinhas em casa?”, indagou o secretário.
O material menciona ainda estudos da universidade John Hopkins e pela Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina, ambas instituições americanas, além de dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que apontam os impactos econômicos sobre o fechamento das escolas.
O Ministério posiciona-se favorável à reabertura das escolas, de forma planejada, híbrida, gradual e escalonada, respeitando as medidas sanitárias impostas pelos governos federais, estaduais e municipais em vigor.
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