O encontro foi realizado na terça-feira (6/7) e foi palco definitivo para definir o alinhamento político dos militares com o governo.
Foto: Alan Santos / PR
Por Renato Souza
Um
dia antes de assinar uma nota com fortes críticas contra o senador Omar
Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão Parlamentar (CPI) da Covid-19, os
comandantes das Forças Armadas participaram de uma reunião no Palácio
do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro. Sem alarde, o encontro foi
realizado na terça-feira (6/7) e foi palco definitivo para definir
o alinhamento político dos militares com o governo.
A pauta
da reunião estava definida como um balanço dos 30 meses de governo. Mas
foi bem além e tratou de protestos pelo país que miraram o presidente
Jair Bolsonaro no fim de semana e os riscos do número de manifestantes
nas ruas aumentar e pressionar o Congresso. A tendência é que a partir
de agora as Forças Armadas não se furtem de se
manifestar politicamente em prol do Executivo e de seus interesses.
Além
de ministros como Braga Netto, da Defesa, André Mendonça,
advogado-geral da União e Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança
Institucional, estavam sob a mesa o comandante do Exército, general
Paulo Sérgio, da Marinha, Almir Santos, e da Força Aérea, Carlos
Baptista Júnior, além de integrantes da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin).
Imagens reproduzidas na reunião
criticaram os protestos e ressaltaram a presença de símbolos comunistas
nos atos. O texto descrito pelo narrador fazia referência a uma suposta
tentativa de instalar o comunismo no país, remetendo a alegações usadas
para instaurar o golpe militar de 1964.
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