A mineração apresentou crescimento de 60% no ano passado, diante de uma média de 20% nos anos anteriores.
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Em meio à crise econômica instaurada no país nesse momento de pandemia, a atividade mineral tem contribuído para o avanço socioeconômico de diversas regiões do estado da Bahia. Com o alto preço das commodities, principalmente o minério de ferro, a mineração apresentou crescimento de 60% no ano passado, diante de uma média de 20% nos anos anteriores.
Na
busca pelo desenvolvimento de todo território baiano, o Governo do
Estado, através da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), vem
fazendo uma varredura do traçado da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste
Leste), descobrindo todos os minerais de Ilhéus até Barreiras, numa
extensão de 100km em cada margem da ferrovia. Outra área que tem ganhado
atenção da CBPM é o norte do estado.
A empresa vem
reforçando também pesquisas na macroregião de Juazeiro, com destaque
para municípios como Pilão Arcado, Remanso e Campo Alegre de Lourdes.
Através dessas pesquisas, a CBPM lança licitações para que novas
empresas venham para o estado desenvolver projetos mínero-industriais, o
que impulsiona o desenvolvimento socioeconômico das cidades. Os estudos
realizados pela CBPM já identificaram depósitos para produção de ferro,
titânio e vanádio (Fe-Ti-V); níquel, cobre e cobalto (Ni-Cu-Co); e
fosfato (P2O5), nesta região.
Um ponto importante a ser
mencionado é a obrigação socioambiental que as mineradoras assumem ao
iniciar parceria com a CBPM, se comprometendo a operar em consonância
com as ODS (Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável), que são uma
coleção de 17 metas globais, estabelecidas pela Assembleia Geral das
Nações Unidas.
“A mineração, muitas vezes, está localizada em
cidades onde representa a principal atividade econômica da região. É
importante que a indústria mineral se adeque aos compromissos ambientais
e de segurança exigidos tanto pelos órgãos reguladores como pelos
investidores”, pondera Antônio Carlos Tramm, presidente da CBPM.
Presidente
do Sindicato das Empresas de Mineração da Bahia (Sindimiba), Paulo Misk
citou o município de Maracás como exemplo de desenvolvimento oriundo da
atividade mineral. Após a instalação da Largo Resources, o comércio, a
construção civil e até mesmo a hotelaria da cidade colheram resultados
positivos. Atualmente a Largo trabalha no desenvolvimento de baterias do
vanádio baiano para armazenar energia vinda de fontes limpas, como a
eólica e a solar, outro setor em plena expansão no estado. “A mineração
consegue levar desenvolvimento econômico e social para o interior, onde
muitas vezes há grande dificuldade para implantação de outras
atividades.”, afirma Misk.
Geração de emprego e renda
A
instalação de mineradoras na Bahia mantém mais de 17 mil empregos
diretos, o que alimenta as economias locais, fazendo o dinheiro circular
e aquecendo o comércio. O retorno para os municípios chega também
através da arrecadação de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração
de Recursos Minerais), que é a contrapartida financeira paga pelas
empresas mineradoras à União, aos Estados, Distrito Federal e Municípios
pela utilização econômica dos recursos minerais em seus respectivos
territórios.
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