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domingo, 6 de junho de 2021

Investir em imóveis é a bola da vez


Mesmo em meio ao avanço da covid-19, o mercado imobiliário está otimista e prevê crescimento de mais de 30% este ano


Tribuna da Bahia, Salvador
05/06/2021 10:00 | Atualizado há 1 dia, 4 horas e 17 minutos

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Foto: Romildo de Jesus

Por: Cleusa Duarte

Segundo análise do último mês pelo índice FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, ocorreu uma  alta nominal de 0,48% em maio.  Destaque para Florianópolis (+1,38%), Curitiba (+1,09%), Maceió (+0,91%) e Salvador (+0,86%). O setor imobiliário comemora a movimentação e afirma : um excelente negócio, a bola da vez!

Mesmo em meio ao avanço da covid-19, o mercado imobiliário está otimista e prevê crescimento de mais de 30% este ano, depois do avanço de 57,5% em 2020. Só no primeiro trimestre deste ano, o volume de financiamentos à habitação cresceu 113% na comparação com o mesmo período do ano passado. A tendência, segundo o consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Eduardo Zylberstajn, é que o setor continue aquecido, atendendo à demanda renovada pela pandemia.

Zylberstajn completa: "o mercado imobiliário é bastante cíclico e, atualmente, estamos na fase 'boa do ciclo'. Depois da crise de 2015, vivemos anos de poucos lançamentos e poucas vendas.”

Na Bahia, o mercado passou por um período de crise intensa entre os anos de 2014 e 2018 e voltou a dar sinais de aquecimento em 2020 . Então veio a pandemia do coronavírus. Mas, para o setor, o período de isolamento social foi importante para aquecer as vendas e incentivar as pesquisas.

“ Desde o começo da pandemia, em março do ano passado, a construção civil procurou continuar com suas atividades, levando sempre segurança para seus funcionários, para seus canteiros de obras, adotando  medidas sanitárias, contou com o apoio e compreensão dos órgãos governamentais. E nós continuamos com a atividade da construção civil, o que foi importante para manter o emprego, a renda e as empresas em funcionamento e com condições de prosseguir com suas atividades. Nesse período, o mercado imobiliário investiu em pesquisas”, diz Cláudio Cunha, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia  (ADEMI-BA).

Segundo Cunha, o mercado imobiliário também foi favorecido com o  ‘fique em casa’. Então, o lar voltou a ter  uma preponderância na vida das pessoas,  a ser o centro da vida. E a valorização da moradia veio de uma forma muito rápida e retomada. Então isso fez com que as pessoas também voltassem o seu olhar para as suas moradias, aquilo que mais ela conseguia desempenhar suas funções dentro do imóvel que ela já possuía, aquilo que ela sentia falta, outras coisas que ela não tinha necessidade e tinha feito esse investimento. E isso tudo movimentou  o mercado.  Pessoas que tinham ido trabalhar ou desempenhar suas funções em outras cidades, outros estados com o home puderam regressar para suas cidades de origem, com custo de vida mais baixo, estar mais próximo de sua família, se sentir mais protegido e acolhido, isso ajudou nas vendas, as pessoas queriam outros tipos de imóveis”.

Para Cunha o setor de vendas não aumentou, ‘atualizou’, “o que impulsiona o preço é a matéria prima, hoje todo o setor tem tido o problema de abastecimento. Na construção civil o custo do aço é o carro chefe, pois é matéria básica e dobrou o preço. Todos os insumos como brita e cimento chegaram a dobrar e tiveram reajustes grandes impactando no valor  nos novos lançamentos e preços dos novos imóveis”.

Em Salvador a média de aumento no valor dos imóveis ficou em +0,86% e a variação acumulada em 2021 está em +1,33%, em doze meses  +4,07%  e o preço do valor do metro quadrado está em torno de 5.957.

De acordo com a pesquisa FipeZap um apartamento na Barra hoje está custando R$ 7.270,00 o m², já no caminho das árvores R$ 6.308,00, em Ondina R$ 6.136,00, na Graça 5.959,00, Itaigara  R$ 5.629 e Pituba R$ 5.375,00. As variações em 12 meses são de +4,4 na Barra, +8,3 no Caminho das Árvores,Ondina   +3,6%, na Graça  +4,0% , Itaigara  +12,0% e na Pituba+3,81%.

“ Com o auxílio emergencial no ano passado foram realizadas pequenas reformas, as pessoas estavam em casa. Também foram  lançadas obras, mas o crescimento de vendas tem como principal fator a baixa taxa de juros para financiamento então mais pessoas compram. Com 10 a 12% ao ano você restringia o mercado, hoje com taxas  entre  6% a 7% ao ano muita gente financia e compra. Os juros baixos no financiamento hoje torna o mercado atraente e quem tinha dinheiro investido prefere investir em imóvel e alugar, porque sabe que o lucro será maior. Se formos analisar a pesquisa não há um aumento real no preço aumentou o valor dos imóveis novos devido a alta dos insumos mas dos usados não. A média de 4,07% não representa nem a inflação”, diz Noel Silva, diretor do Creci Ba e da NNova soluções imobiliárias.

Ainda segundo Noel, o investidor está voltando ao mercado imobiliário por questão de liquidez. “Dinheiro em banco não está rendendo, está perto  de zero, comprar e alugar você já tem 0,4% ao mês. Em 2020 o crescimento foi forte em vendas, algo em relação a 30%. Esse ano ainda muita coisa pode mudar”.

Para finalizar, Noel diz que os metros quadrados mais caros são: Graça, Vitória, Horto Florestal, mas está entrando no cenário da Barra. A Barra andou por baixo e nada era lançado lá. Está se tornando foco para pequenos imóveis, os chamados smarts com  22 m², compactos, o metro quadrado nessa área de turismo muito investidor compra. Um imóvel desse está sendo vendido por R$9 mil  a R $10 mil o m² . Eu diria que o mercado imobiliário é um excelente negócio. A  bola da vez”.



 

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