Presidentes da Câmara e do Senado almoçaram com Paulo Guedes
Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil
O auxílio emergencial deveria ser
pago de março a junho, disseram hoje (12) os presidentes da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Eles almoçaram com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro da
Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, para discutir a recriação do
benefício.
Os parlamentares avançaram nas discussões com a
equipe econômica. Em troca da prorrogação do auxílio, o Congresso
Nacional votará propostas de emenda à Constituição (PECs) que introduzem
uma cláusula de calamidade pública, acompanhada de medidas de corte de
gastos.
“É fundamental que haja cláusula de calamidade pública
para que possamos fazer a flexibilização necessária para o auxílio”,
disse Pacheco após a reunião. Incluída na PEC Emergencial, em tramitação
no Congresso desde 2019, a cláusula de calamidade pública exclui do
teto federal de gastos o pagamento de uma nova rodada do auxílio
emergencial.
O almoço ocorreu na residência oficial da
presidência do Senado. Pacheco ressaltou que os parlamentares pediram
que o benefício seja pago de março a junho, mas reconheceu que o
Congresso tem de fazer a sua parte e aprovar propostas de ajuste fiscal
para tornar viável a extensão do pagamento do benefício.
“Há uma
expectativa do Congresso, que é da sociedade, de que seja aprovado o
auxílio. Que seja um auxílio suficiente para alcançar o maior número de
pessoas com a responsabilidade fiscal que é preciso ter no Brasil. A
expectativa é que possamos ter [o benefício] nos meses de março, abril,
maio e eventualmente no mês de junho”, declarou Pacheco.
Prioridades
Segundo
Pacheco, a prioridade do Congresso neste momento são o auxílio
emergencial e a vacinação em massa contra a Covid-19. Mesmo assim,
ele disse que os parlamentares estão dispostos a seguir o cronograma de
reformas e citou a reforma tributária como destaque.
“Nesta
reunião, externamos ao ministro Guedes e ao ministro Ramos o que é o
desejo e expectativa do Congresso em relação a este momento. A
prioridade absoluta é vacina e auxílio emergencial, que só deixarão de
ser prioridade quando a pandemia acabar”, ressaltou o presidente do
Senado.
Avanços
De acordo com Guedes, a reunião terminou com progressos consideráveis. “Avançamos bastante. Compromisso com a saúde, vacinação em massa e auxílio emergencial e compromisso com a responsabilidade fiscal. Extraordinariamente construtivo. Estamos todos na mesma luta: auxílio, vacina em massa, e reformas, principalmente o marco fiscal”, declarou o ministro “Vamos vencer a guerra.”
Fonte: Agência Brasil
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