Pois é isso mesmo: jornais americanos decidiram que “black” (negro, em português) deve agora ser escrito com letra maiúscula. Artigo de Dennis Prager, publicado pelo Daily Signal e traduzido para a Gazeta:
Alguns
meses atrás, notei que em uma de minhas colunas publicadas a palavra
“negro” tinha sido escrita com N, maiúsculo - “Negro”. Como eu tinha
enviado a coluna com “negro” escrito com n, minúsculo, entrei em contato
com minha editora para descobrir por que o que eu tinha escrito foi
mudado.
Ela
respondeu que estava seguindo as regras de estilo da Associated Press,
uma prática comum entre jornalistas e escritores de livros.
Em 20 de julho, a AP publicou um artigo chamado “Explaining AP style on Black and white”, no qual explicava:
“A
recomendação da AP agora é usar maiúsculas quando for se referir ao
Negro em um sentido racial, étnico ou cultural, transmitindo um senso
essencial e compartilhado de história, identidade e comunidade entre
pessoas que se identificam como Negras, incluindo as da diáspora
africana e dentro da própria África. O negro com n minúsculo é uma cor,
não uma pessoa. Em seu estilo, a AP continuará a manter a palavra branco
com b minúsculo quando for se referir a sentidos raciais, étnicos e
culturais.”
A explicação AP é uma baboseira.
Não
existe “senso compartilhado de história, identidade e comunidade entre
pessoas que se identificam como negras, incluindo as da diáspora
africana e dentro da África.”
Só esquerdistas acreditam em tamanha besteira.
Não
só não há cultura compartilhada ou senso de identidade que una negros
fora e dentro da África, como também não há cultura compartilhada entre
os negros na África e nenhum entre os negros fora da África (“a diáspora
africana”).
As
únicas coisas que todos os negros têm em comum são a cor e a origem
geográfica (mas a partir do momento em que estudiosos afirmam que toda a
raça humana surgiu na África, isso tem pouco significado).
Cultura compartilhada?
Historicamente,
a única identidade que os africanos compartilhavam com outros africanos
era uma identidade tribal. É por isso que os hutus (negros) perpetraram
o assassinato em massa mais direcionado desde o Holocausto, contra os
tutsis (também negros).
É
por isso que os negros africanos eram indispensáveis ao comércio
transatlântico de escravos. Aqueles que reuniram outros africanos para
vendê-los aos europeus não sentiram nenhuma obrigação moral, muito menos
uma “identidade compartilhada”, para com os africanos que eram
vendidos.
O
que um negro criado no Bronx tem em comum com um negro criado em
Camarões? A resposta é: nada. Eles têm tão pouco em comum quanto um
branco do Bronx e um negro de Camarões.
O que um negro brasileiro tem em comum com um negro de Chicago, ou com um negro de Uganda? Nada.
Será
que a senadora Kamala Harris, filha californiana de um pai negro e uma
mãe indiana (asiática), tem mais em comum com a presidente da Câmara,
Nancy Pelosi, ou com um chefe tribal em Togo? Ou, nesse caso, mais em
comum com Pelosi branca, ou Candace Owens negra, ou Larry Elder negro?
A
decisão da AP, adotada pelo The New York Times e seguida pelo resto do
rebanho da mídia, é baseada em mentiras. E, como todo o resto das
mentiras da esquerda baseadas na raça, eles o fazem apenas para agradar
certos públicos.
É
mais uma tentativa de retratar os negros como inerentemente diferentes
daqueles seres humanos não negros. É por isso que a AP ofereceu esta
explicação para o motivo de “branco” não ser escrito com B maiúsculo:
“Após
uma extensa revisão e longo período de consulta, encontramos, neste
momento, menos apoio para utilizar maiúscula na palavra ‘branco’. Os
brancos geralmente não compartilham a mesma história e cultura, ou a
experiência de serem discriminados por causa da cor da pele. (...)
Escrever branco com B maiúsculo, assim como é feito pelos supremacistas
brancos, pode trazer o risco de transmitir sutilmente legitimidade a
tais crenças.”
A
razão que a AP oferece para não usar B em “branco” também é baseada em
mentiras: “Os brancos geralmente não compartilham a mesma história e
cultura.”
Acontece
que os brancos “geralmente” compartilham muito mais história e cultura
do que os negros. Os brancos vêm da Europa, e a grande maioria deles
compartilhou a religião cristã e a Bíblia. Não há nada parecido entre a
grande maioria das populações negras.
Além
disso, ainda hoje, em uma Europa pós-cristã, um croata e um irlandês
têm mais em comum do que um queniano e um congolês têm com um negro do
Bronx.
Os
supremacistas brancos concordam com o The New York Times e com o resto
da esquerda que há algo inerentemente diferente com os negros. Quanto à
ajuda que a palavra “Branco” daria a esses indivíduos, por que usar
“Negro” também não traz o risco de “transmitir legitimidade” às crenças
supremacistas brancas?
Sim,
a cultura afro-americana e suas experiências compartilhadas existem. A
cultura afro-brasileira e suas experiências compartilhadas também
existem. Mas não existe uma cultura negra unificada e compartilhada.
Então,
se você quer dizer ao mundo o quanto você se sente desperto sobre esse
assunto, o quanto você segue bovinamente esse rebanho, e quão pouco a
verdade importa para você, escreva “Negro” com N maiúsculo. Mas se você
respeita os negros, respeita a verdade e respeita a si mesmo, não
precisa fazer isso.
Negro é uma cor, não uma cultura.
Dennis Prager é colunista do Daily Signal, radialista e criador da PragerU.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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