O ex-ministro da Saúde Nelson Teich recusou o convite para ser
conselheiro do atual titular da pasta, o general Eduardo Pazuello. Ele
argumentou que não seria coerente aceitar o posto pouco depois de ter
deixado o ministério. "Agradeço ao ministro interino Eduardo Pazuello
pelo convite para ser conselheiro do Ministério da Saúde, mas não seria
coerente ter deixado o cargo de Ministro da Saúde na semana passada e
aceitar a posição de Conselheiro na semana seguinte", escreveu Teich nas
suas redes sociais. "Quando assumi o MS, o objetivo era trazer um
modelo de gestão mais técnica, que aumentasse a eficiência do Sistema e
melhorasse o nível de saúde da sociedade. Ser mais técnico não significa
apenas uma condução médica mais técnica. Isso seria tratar o problema
de forma simplista", continuou o ex-ministro. "Uma condução técnica do
Sistema de Saúde significa uma gestão onde estratégia, planejamento,
metas e ações são baseadas em informações amplas e precisas,
acompanhadas continuadamente através de indicadores", concluiu Teich,
desejando boa sorte ao sucessor. Teich deixou o Ministério da Saúde após
ter sido pressionado por Jair Bolsonaro a fazer mudanças no protocolo
de uso da cloroquina no tratamento para o coronavírus. O presidente
queria que fosse ampliado o protocolo também para contaminados com
sintomas leves, o que Teich se recusou a fazer. Estudos científicos têm
mostrado que a cloroquina não tem eficácia contra o coronavírus e seu
uso pode estar relacionado a um aumento no risco de morte por problemas
cardíacos, como arritmia. Com a saída de Teich, o Ministério da Saúde
fez as modificações no protocolo exigidas pelo presidente. (Tempo)
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