MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 28 de junho de 2016

Marcos Valério quer denunciar fraudes no Banco Rural que envolveram tucanos


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Delação de Valério preocupa petistas e tucanos
Tâmara Teixeira
O Tempo
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deve se posicionar nesta semana sobre o pedido do publicitário Marcos Valério para fazer um acordo de delação premiada. As revelações do operador dos esquemas que ficaram conhecidos como mensalão mineiro e mensalão petista podem comprometer, principalmente, o PSDB. Entre as novas informações que o publicitário estaria disposto a divulgar está um esquema de contratação de empréstimos fraudulentos no Banco Rural para bancar a compra de imóveis de dois importantes políticos tucanos mineiros.
Segundo a reportagem apurou, Valério guarda a sete chaves documentos originais que comprovariam operações fictícias que teriam bancado vantagens pessoais desses políticos. Além disso, ele teria provas do esquema que, em 1998, desviou verbas públicas para a campanha de reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB).
CONDENAÇÃO – Em dezembro passado, Azeredo foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Ele nega que os crimes e recorre em liberdade da decisão da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte.
Além de provas documentais, Marcos Valério estaria disposto a indicar testemunhas que também teriam informações a dar à Justiça. Procurado, o advogado Jean Robert Kobayashi Júnior, que representa o publicitário, não quis confirmar as informações.
A defesa se nega a comentar o teor de futuros depoimentos até que o acordo de delação esteja homologado.
VAI SE ESCANDALIZAR – Contudo, na semana passada, quando O Tempo mostrou com exclusividade que o empresário havia protocolado o pedido propondo o acordo de colaboração, Kobayashi disse que “a sociedade vai se escandalizar com o que o Marcos Valério tem a revelar”.
À época do julgamento do mensalão do PT, Valério tentou, sem sucesso, fazer uma delação. No início deste ano ele se mostrou disposto a contribuir com a força-tarefa da operação Lava Jato.
No último dia 21, Valério foi levado da prisão, onde cumpre pena de 37 anos, até a sede do Ministério Público. A conversa preliminar com os promotores de Defesa do Patrimônio Público se estendeu por quase três horas. Valério foi ouvido por três promotores e um integrante da Lava Jato em Curitiba, como mostrou O Tempo.
TEM PROVAS – Na ocasião, Valério mencionou algumas provas do que promete revelar. A defesa acredita que se o acordo de delação for homologado os depoimentos podem durar até cinco dias.
Após ser condenado no mensalão do PT, Marcos Valério é réu no esquema de desvio de recursos públicos para o caixa 2 da campanha à reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB) em 1998. Em outra ação, o ex-senador e ex-vice-governador de Minas Clésio Andrade é processado. Na terceira ação penal, são sete réus, incluindo o próprio Marcos Valério, cujo interrogatório foi marcado para 1º de julho.
Além dele, são acusados Ramon Hollerbach Cardoso e Cristiano Paz, sócios nas agências de publicidade DNA e SMP&B; os diretores da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Comig, hoje Codemig) Renato Caporali Cordeiro e Lauro Wilson de Lima Filho e o ex-secretário adjunto de Comunicação Social Eduardo Pereira Guedes Neto.
Também é investigado o atual secretário de Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho, cujo julgamento cabe ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por conta do foro privilegiado. Todos os acusados negam as irregularidades.
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