MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Grampos da Boca Livre apontam indícios de corrupção de servidores da Cultura


Interceptações telefônicas pegaram diálogos entre os principais alvos da Boca Livre

por
Estadão Conteúdo
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Grampos da Operação Boca Livre apontam ‘indícios de corrupção’ envolvendo servidores do Ministério da Cultura com organização criminosa que desviou R$ 180 milhões de recursos públicos por meio da Lei Rouanet. As interceptações telefônicas, realizadas com autorização da Justiça Federal em São Paulo, pegaram diálogos entre os principais alvos da Boca Livre, os empresários Antônio Carlos Bellini Amorim e sua mulher Tânia Regina Guertas, do Grupo Bellini Cultural.
Os diálogos do casal citam um elo no Ministério que teria a função de dar curso a projetos ilícitos na Pasta, segundo a Polícia Federal. Bellini e a mulher foram presos nesta terça-feira, 27, na deflagração da Boca Livre. Suntuosa festa de casamento de um filho do casal na praia do Jurerê Internacional em Santa Catarina teria sido bancada com dinheiro desviado do Tesouro por meio de fraude na aplicação da Rouanet.
Os grampos mostram que Bellini, apontado como ‘o principal integrante da organização criminosa’, comentava sobre a captação de ‘grandes quantias’ através da Rouanet ao longo de muitos anos, desde 1998, por meio de suas empresas e pessoas ligadas ao Grupo. Pelo menos 12 projetos ele teria conseguido aprovar em favor de seu grupo empresarial valendo-se das fragilidades do sistema. A PF diz que o empresário adquiriu ‘prestígio’ ao longo dos anos atuando com a Lei Rouanet – cerca de 8% sobre todos os aportes em projetos dessa natureza do Grupo.
A PF destaca que o líder do Grupo Bellini ‘demonstra possuir grande poder de influência’ junto a servidores do Ministério da Cultura. Boca Livre culminou com a prisão de catorze investigados.
A organização era dividida em três núcleos hierárquicos. Entre os presos, além do casal Bellini Amorim, está o produtor cultural Fábio Ralstom Salles, também apontado como integrante do primeiro escalão da organização.

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