Carlos Daniel teve complicações cerebrais em função de uma leucemia.
Caso ganhou repercussão no Amapá após a mobilização do pai na internet.
Carlos Daniel morreu na tarde de terça-feira (21)
(Foto: Arquivo Pessoal)
“Meu filho esperou eu voltar para se despedir. Nessa hora ele se foi”,
contou o professor amapaense Agenilson da Silva ao relatar a morte do
filho Carlos Daniel, de 7 anos, na terça-feira (22). O menino lutava
contra uma leucemia (câncer no sangue) desde agosto de 2014, quando se
internou no hospital filantrópico Santa Marcelina, em São Paulo. O caso
ganhou repercussão no Amapá após o pai iniciar uma campanha nas redes
sociais.(Foto: Arquivo Pessoal)
Em março, o professor chegou a raspar o cabelo junto com o filho, em apoio ao tratamento feito com sessões de quimioterapia. À época, Agenilson garantiu que só deixaria o cabelo crescer após a cura de Carlos.
Ainda em São Paulo aguardando a liberação do corpo, Agenilson disse por telefone ao G1 que lembra o sofrimento do filho diante do tratamento e que constantemente o menino pedia para ‘largar tudo’ e voltar para Macapá. Ele contou de forma dramática e emocionada que ficou ao lado de Carlos até os últimos momentos da vida dele. Os sinais vitais do menino cessaram após ele sofrer uma parada cardíaca.
Durante tratamento, pai raspou a cabeça como
forma de apoiar Carlos (Foto: Arquivo Pessoal)
“Na segunda-feira [20] a situação dele já era ruim pois os médicos
descobriram uma série de nódulos na cabeça dele e depois um edema
cerebral que estava comprimindo o cérebro. Na terça-feira visitei ele de
manhã, voltei à tarde e vi os sinais vitais dele alterados. Nessa hora
conversei com o Daniel, falando no ouvido do meu filho ‘te amo’ e ‘não
me abandona’. Nessa hora os sinais dele voltaram ao normal e ele começou
a chorar mesmo com os olhinhos fechados, e eu enxuguei as lagrimas
dele. Meu filho esperou eu voltar para se despedir de mim. Nessa hora
ele se foi”, contou emocionado.forma de apoiar Carlos (Foto: Arquivo Pessoal)
Diagnosticado com Leucemia Linfoide Aguda (LLA), a criança respondeu bem aos procedimentos médicos durante boa parte do período em que permaneceu internado em São Paulo. O quadro de saúde piorou no início do mês quando ele passou a ter convulsões, que resultaram no estado de coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Carlos ficou quase um ano em tratamento na
cidade de São Paulo (Foto: Arquivo Pessoal)
Além de lutar contra a doença do filho, o pai também enfrentou problemas financeiros
com a ida de Carlos para São Paulo. Apesar de estar no programa de
Tratamento Fora de Domicílio (TFD), de responsabilidade da Secretaria de
Estado da Saúde (Sesa), a família por algumas vezes não recebeu o
recurso a que tem direito. Quase todo o tratamento foi custeado com o
salário de professor do pai e por eventos beneficentes promovidos por
amigos em Macapá.cidade de São Paulo (Foto: Arquivo Pessoal)
Câncer
Carlos foi diagnosticado com leucemia após sofrer de febres fortes e constantes fraquezas no corpo. Além disso, o menino apresentava falta de apetite e o desinteresse por brincar e fazer os programas preferidos.
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