Bolsas e carteiras são produzidas a partir da palha da planta aquática.
Cooperativa comemora parceria com grife carioca.
A presidente da Associação das Artesãs de Feliz Deserto, Ana Lúcia dos Santos, diz que foram encomendados 260 itens nesta primeira etapa. “A expectativa é que a gente tenha uma boa produção para que a entrega seja feita no prazo certo, com bom acabamento para que venha mais pedido", diz a artesã.
Produção
São muitas etapas a serem cumpridas até o resultado final. Para produzir uma bolsa grande são necessários três dias, mas as artesãs até conseguem fazer em menos tempo porque organizaram um processo de produção estruturado.
A matéria-prima, pouca conhecida da maioria das pessoas, é retirada de áreas de várzeas. A palha da taboa lembra um pouco a da cana-de-açúcar, mas só de longe. Primeiro as artesãs escolhem as melhores palhas, depois elas cortam, separam e colocam para secar. “Quando chove muito, atrapalha porque apodrece o junco (nome dado a esse gênero de plantas), que não pode estar muito seco nem muito úmido”, explica Maria de Lourdes dos Santos, 46.
A partir daí, elas começam a trançar a palha e haja mãos, porque eslas são grossas. Em seguida é hora de juntar os trançados e começar a costurar a peça até o acabamento.
Parceria
A parceria com a marca carioca se deu por intermédio do Sebrae que apoia a cooperativa desde o início da criação, há 20 anos. Essa não é a primeira vez que as estilistas da Cantão se encantam com o artesanato alagoano. Na coleção do verão passado - e no próximo também - elas utilizaram o bordado filé.
"Acreditamos muito no trabalho manual. Tem muito a ver com a marca e consideramos um privilégio quando conseguimos inseri-lo na coleção. Queríamos usar artesanato brasileiro, então resolvemos visitar Maceió para conhecer de perto as possibilidades e acabamos nos interessando muito pelo trabalho dos bordados e da palha. O Sebrae nos apoiou durante todo o processo. É um importante elo para a realização do negócio", diz a estilista Lanza Mazza.
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