Presidente da Fifa não gosta do termo corrupção em pergunta sobre prisão de diretor da Match, e secretário-geral diz que Fifa só vende ingressos com valor de face
- Quando se fala de corrupção, você tem de apresentar evidências. Quando fala algo sobre ingressos, está certo. Mas corrupção aonde? Vou dar a palavra ao Valcke - reclamou Blatter.
Blatter não gosta de ouvir pergunta sobre esquema de corrupção na venda de ingressos (Foto: Vicente Seda)
Em seguida, o secretário-geral da Fifa lembrou que não é a primeira vez em que casos de venda ilegal de ingressos são flagrados, afirmou que outros foram revelados na África do Sul, mas ressaltou que a entidade não vende entrada por valor maior do que o impresso nos bilhetes. Ele afirmou não crer que o problema acabará. De forma sutil, Valcke ainda criticou o vazamento de informações da investigação na operação batizada de "Jules Rimet". Transcrições de conversas entre Whelan e o acusado de liderar a quadrilha de cambistas foram reveladas no Jornal Nacional, da TV Globo, e as autoridades envolvidas no caso (o delegado da 18ª DP, Fábio Barucke, e o promotor do Ministério Público do Rio, Marcos Kac) informaram detalhes da operação em diversas entrevistas.
- Primeiro vamos dizer que na África também tivemos casos. Não acho que um dia vamos acabar com esse tipo de problema. Nós, Fifa, vendemos todos os ingressos pelo valor de face. Nenhum ingresso foi vendido pela Fifa por um valor maior do que o valor de face. Você tem três milhões de ingressos indo para diferentes partes e todos são vendidos pelo valor de face. E o que fazem com os ingressos é pelo que estamos lutando, temos regras rígidas quanto a isso. O que quero dizer é que tenho certeza que haverá outras histórias, mas o que não se pode dizer é que não lutamos contra isso, estamos 100% contra isso. As informações foram para imprensa antes de virem para nós, mas isso é outra questão. Não vamos nunca dizer que não vamos apoiar as autoridades e dar todo tipo de informação.
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