Dados divulgados, nesta sexta-feira (2), pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), indicam que o nível atingiu 15 cm
Rio Branco, em Boa Vista (RR), em setembro de 2023 (Foto: Ronny Alcântara/Rede Amazônica/Arquivo) |
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O
principal rio do estado de Roraima, o Rio Branco, atingiu, na capital
Boa Vista, o 8º menor nível em 57 anos, desde o início da série
histórica, iniciada em 1967. De acordo com o monitoramento do Serviço
Geológico do Brasil (SGB), nesta sexta-feira (2), a estação registrou a
marca de 15 cm. Os dados fazem parte do 5º Boletim de Alerta Hidrológico.
Nesse
mesmo período, em 2023, o rio estava na cota de 2,31 m, na estação de
Boa Vista. O pior nível já registrado foi de -56,5 cm, em janeiro de
2016. A pesquisadora em geociências do SGB Jussara Cury explica que o
regime hidrológico da Bacia do Rio Branco difere-se dos demais. “Nessa
estação, as mínimas ocorrem em fevereiro. No entanto, desde 2023 os
níveis já estavam baixos e, com a estiagem, reduziram ainda mais.
Conforme nossas previsões, a tendência é de que o nível do Rio Branco
continue a descer nas próximas semanas”, explicou.
Fonte: 5º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas |
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Em
Caracaraí (RR), o nível do Rio Branco também reduziu em média 2 cm por
dia. Apesar disso, está dentro da faixa da normalidade, com 83 cm. No
Alto Rio Negro, os rios também estão em processo de descida, e as
mínimas costumam ser registradas no mês de fevereiro. Em São Gabriel da
Cachoeira (AM), o Rio Negro iniciou a semana com descidas de 15 cm. A
cota atual na estação é de 6,09 m.
Na
estação de Tapuruquara, houve descida média diária de 6 cm, alcançando a
marca de 2,74 m. Em Barcelos (AM), foram registradas descidas diárias
de 2 cm. A última cota observada foi de 2,97 m.
Processo de enchente
Apesar
das reduções em regiões que passam pelo período da vazante, na maioria
das estações da Bacia do Amazonas, o nível segue em elevação. O Rio
Negro, em Manaus (AM), apresentou subidas diárias de 5 cm e alcançou
21,28 m.
O
comportamento reflete o que é observado na cabeceira, no Alto Solimões.
Ao longo da semana, o rio apresentou subidas em Tabatinga (AM) e,
apesar de registros mais recentes de queda, o nível está na média para o
período, com cota de 9,57 m. “As oscilações fazem parte desse processo
de início e consolidação da fase de cheia”, esclareceu Jussara Cury.
Já
em Fonte Boa (AM) o rio iniciou a semana com descidas e voltou a subir
nos últimos dias, alcançando 18,69 m. Em Manacapuru (AM), o Solimões
segue com subidas regulares de 4 cm por dia, e o nível está na marca de
12,94 m. Em Itapéua (AM), foi registrada uma pequena diminuição na
intensidade de subida. A cota é de 11,6 m.
As
estações do Rio Amazonas também registraram elevação dos níveis. Em
Itacoatiara (AM), o rio subiu em média 5 cm por dia, alcançando 7,78 m.
Nas estações de Parintins (AM) e Óbidos (PA), as subidas foram na ordem
de 3 cm, e as cotas registradas de 3,13 m e 3,16 m, respectivamente.
Também foram observadas pequenas elevações em Santarém (PA) e Almeirim
(PA), onde os níveis atuais são de 3,49 m e 3,24 m.
Em
Porto Velho (RO), o Rio Madeira subiu uma média diária de 36 cm e
alcançou 10,74 m. Na estação de Humaitá (AM), a elevação foi de 26 cm
por dia, e a cota é de 18,08 cm. Mesmo com as subidas intensas,
sinalizando recuperação, os níveis ainda estão abaixo da faixa de
normalidade.
Fonte: 5º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas |
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No
município de Beruri (AM), o Rio Purus segue em processo de enchente,
com subidas diárias de 4 cm e registrando níveis considerados normais
para o período. A cota observada foi de 14,74 m.
Para acessar o boletim completo, clique aqui.
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