Coluna de Alexandre Garcia, publicada pela Gazeta do Povo:
Como era de se prever, o Congresso não vai derrubar o veto do
presidente. Se o veto fosse desaprovado seria entregue nas mãos do
relator da Comissão do Orçamento R$ 30 bilhões, dinheiro que ele poderia
distribuir da forma que quisesse durante um ano eleitoral.
Esse dinheiro certamente faria falta para a saúde em um país que está
assustado. Mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, foi ao Planalto
conversar com o presidente Jair Bolsonaro e tudo se acertou.
O presidente mandou três projetos de lei para regulamentar as emendas
impositivas, que são as de iniciativa dos legisladores. Essas emendas
geram gastos porque é obrigatório o uso de verba para elas mesmo se
estiver faltando dinheiro para o governo. Por isso é necessário criar
regras para elas.
Alarmismo
O Brasil tem dois casos confirmados de coronavírus e mais de 500
casos suspeitos. Agora o sarampo matou, no ano passado, 15 brasileiros e
já matou um bebê neste ano. Isso sim é epidemia.
O sarampo atingiu 76 alunos da escola de formação de oficiais da
Força Aérea Brasileira, em Pirassununga (SP). Foram 18 mil casos da
doença no ano passado. A gripe e a dengue mataram 1.600 brasileiros em
2019.
Outras doenças também entram nessa lista. A zika matou 92, a febre
amarela está matando macaco novamente, no Paraná, o que é um mau sinal.
Não que nós não devamos nos preocupar com o coronavírus, mas há
preocupações que nós deveríamos ter sempre.
Um dos causadores dessas epidemias é o mosquito Aedes Aegypti. Também
é preciso se preocupar com as nossas fraquezas nutricionais que acabam
facilitando o trabalho dos vírus.
Chuva, o nosso eterno flagelo
Estou há 49 anos no jornalismo formal. Eu entrei no Jornal do Brasil,
que era o maior jornal do Rio de Janeiro, em 1971. Durante todos esses
anos, acompanho as chuvas na região Sudeste na mesma época.
Essas chuvas causam mortes e desabamentos há pelo menos 50 anos e
isso ainda não foi corrigido. Até hoje não foi feita uma vazão adequada
para a água da chuva e é permitido que sejam feitas construções em
lugares perigosos.
Agora teve essa tragédia no Guarujá, com mortes e desaparecidos. O
Rio também está sofrendo com as chuvas e nada é feito. Tem coisas que
estão na nossa cara e mesmo assim ninguém resolve.
Supremo perde o seu tempo
Todo mundo sabe que a nossa Suprema Corte é um tribunal
constitucional. Mesmo assim, o STF, que já julgou a regulamentação do
sabor do cigarro, está julgando se é ou não permitido vender cerveja nos
estádios do Espírito Santo, Mato Grosso Sul e Paraná.
É um rolo jurídico que levam os processos para o Supremo. Entram
nesse rolo as Assembleias Legislativas, os tribunais estaduais e os
advogados, que fazem a festa. Cada um dá um palpite e é claro que tudo
acaba no STF."
"O Supremo Tribunal Federal está decidindo isso mesmo tendo tantas
outras questões mais importantes, como as brigas entre os poderes
Executivo e Legislativo, e a confusão na Constituição que causam
problemas.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
Nenhum comentário:
Postar um comentário