MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Ex-assessores de Doria formam bloco estratégico sob Bolsonaro


Governador de São Paulo com ambições de se tornar presidente, João Doria (PSDB) já tem companheiros para encontrar em Brasília. Profissionais que buscou para compor sua equipe durante a sua rápida passagem pela Prefeitura de São Paulo agora ocupam funções importantes no governo federal, com Jair Bolsonaro, especialmente nas áreas de gestão e economia. São os casos de Paulo Uebel, secretário de Desburocratização do Ministério da Economia; Caio Megale, secretário de Indústria, Comércio e Inovação, no mesmo ministério; e Julio Semeghini, secretário-executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Além deles também há ex-funcionários da prefeitura que foram chamados para trabalhar em Brasília, como Wagner Lenhart, que foi chefe de gabinete das secretarias de Gestão e de Desestatização na administração paulistana, e Juliana Natrielli, ex-subprefeita de Pinheiros. Ambos fazem parte da equipe de Uebel. Ex-secretário de Desestatização de Doria, o empresário Wilson Poit também foi convidado a fazer parte do governo Bolsonaro, mas recusou. Outros funcionários da prefeitura foram chamados, mas precisariam pedir afastamento de suas funções para assumir novas funções, o que não foi autorizado pela gestão de Bruno Covas (PSDB). Eleito no primeiro turno em 2016, Doria passou 15 meses na prefeitura e abandonou o cargo mil dias antes do final do mandato para disputar as eleições ao governo paulista. Agora se movimenta para se firmar como possível candidato à Presidência em 2022. A maior parte dos “dorianos” chegou ao governo federal por intermédio do ministro da Economia, Paulo Guedes, que enxerga no grupo com passagens de sucesso pela iniciativa privada a bagagem para participar de uma gestão econômica pautada pelo liberalismo, com redução da intervenção de estado e estímulos ao empresariado. A afinidade ideológica liberal, então, marcaria esse ponto de encontro das visões de Doria e Bolsonaro.
Folhapress

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