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segunda-feira, 29 de abril de 2019

Ciclone Kenneth já deixou 38 mortos em Moçambique, dizem autoridades


Anúncio foi feito nesta segunda-feira (29), após levantamento anterior indicar 5 mortes. Em março, ciclone Idai deixou mais de 600 mortos no país africano

Tribuna da Bahia, Salvador
29/04/2019 13:27 | Atualizado há 6 horas e 10 minutos
   
Foto: Mike Hutchings/Reuters

O ciclone Kenneth, que atingiu a costa de Moçambique na quinta-feira (25), já deixou 38 mortos, e afetou mais de 168 mil pessoas, afirmou nesta segunda (29) o instituto de gestão de desastres do país, segundo a Reuters. O levantamento anterior havia indicado que cinco pessoas haviam morrido por causa do ciclone, que provocou tempestades e rajadas de vento de até 280km/h.
A velocidade do vento, maior que a do Idai, que chegou a Moçambique em março, causou acúmulo de chuva de 100 a 150 mm em 24 horas.
A maior parte do estrago foi na cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, no nordeste do país, a cerca de 2,5 mil km da capital, Maputo.
Voos de ajuda humanitária não puderam decolar, pela segunda vez nesta segunda-feira (29), por causa das fortes chuvas, deixando isoladas as comunidades em áreas remotas, que estão com poucos suprimentos depois da passagem do Kenneth.
Equipes de resgate conseguiram mandar um helicóptero, durante uma breve pausa nas chuvas, para a ilha de Ibo, onde a tempestade destruiu centenas de casas. Mas, no final da manhã de segunda (29), a chuva recomeçou, e as condições ficaram perigosas demais para que outro voo decolasse, segundo a Reuters.
"Infelizmente, as condições climáticas estão mudando muito rápido e ameaçando a operação", disse Saviano Abreu, porta-voz do braço humanitário das Nações Unidas, o OCHA.
As estradas para os distritos rurais mais ao norte foram inundadas pela água e ficaram intransitáveis após chuvas torrenciais no domingo (28). Mas a escala das inundações em distritos mais remotos ainda não é completamente conhecida, diz a Reuters.
Antes de chegar a Moçambique, o Kenneth atingiu a ilha de Comores, onde quatro pessoas morreram, segundo a ONU. A entidade informou que liberou US$ 13 milhões (cerca de R$ 51 milhões) em fundos de emergência aos dois países para custear água, comida, e reparos.
No sábado (27), o ciclone, já rebaixado a uma depressão tropical, foi "bloqueado" na província de Cabo Delgado, onde deve permanecer por "pelo menos dois dias", de acordo com o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).
Ainda assim, a ONU estima que 600 mm de chuva caiam na região nos próximos 10 dias — esse volume é duas vezes maior do que atingiu a cidade da Beira após a passagem do ciclone Idai em março. Segundo a organização, foi a primeira vez na história que se registrou a passagem de dois ciclones pelo país em uma única temporada.

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