MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 30 de setembro de 2018

Bolsonaro só aceita resultado das urnas se for ele o vitorioso na eleição


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Charge do Thiago (Arquivo Google)
Pedro do Coutto
Esta afirmação singular foi feita pelo candidato Jair Bolsonaro ao apresentador José Luiz Datena, colocada no ar pela TV Bandeirantes, no programa Brasil Urgente. A entrevista foi reproduzida nas edições de ontem de O Estado de São Paulo, O Globo e Folha de São Paulo. No Globo a matéria foi assinada por Jussara Soares, relatando que Jair Bolsonaro afirmou que não confia totalmente nas urnas eletrônicas e frisou que o Brasil é o único país do mundo a adotar o sistema.
Mas fica clara uma dualidade: como Bolsonaro diz não aceitar no caso de derrota em função das urnas, como pode ele mudar de pensamento se for ele o vitorioso? O fato é que a candidatura Bolsonaro, isso ontem foi demonstrado pela televisão, está dividindo as ruas e praças das capitais do país. Isso porque houve manifestações contrárias a seu nome e outras favoráveis a ele.
POLARIZAÇÃO – Na reta final da campanha, evidencia-se uma polarização dos que são contra e dos que são favoráveis ao candidato do PSL. Ocorre que os contrários a Bolsonaro dividem-se no apoio a pelo menos três candidatos: Fernando Haddad, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin. Essa divisão, paradoxalmente é que garante a presença de Jair Bolsonaro no segundo turno.
As pesquisas do Datafolha e do Ibope revelam que Bolsonaro será derrotado a 28 de outubro. A luta, assim, resume-se a qual candidato cruzará a faixa de chegada no próximo domingo, dia 7 de outubro. O problema de seus adversários reside totalmente nesse ponto. Pelo Datafolha se as eleições do primeiro turno fossem hoje, Fernando Haddad seria o adversário de Bolsonaro no desfecho final. Por isso, em entrevista aos repórteres Renan Truffi, Gilberto Amendola e Mateus Fagundes, edição de ontem de O Estado de São Paulo, Ciro Gomes passou a atacar forte e diretamente o PT e ao mesmo tempo descartou qualquer aliança com o Partido dos Trabalhadores nas eleições presidenciais de outubro.
DEBATES NA TV – Na noite de hoje, às 22 horas, debate na Record reunindo os candidatos mais bem situados nas pesquisas. Esse debate será muito importante, da mesma forma que o evento que a Rede Globo promove no próximo dia 4 também às 22 horas.
Coloco duas questões. 1- Como os partidos e seus candidatos vão reagir à afirmação de Jair Bolsonaro no que se refere à questão democrática. Bolsonaro condicionando a aceitação do resultado das eleições à sua vitória, me lembra comportamento do governador Carlos Lacerda contra a posse de Juscelino Kubitschek. 2 – Qual a posição dos candidatos em relação a dívida interna do país?
ENDIVIDAMENTO – Reportagem de Fabrício de Castro, O Estado de São Paulo edição de 29, revela que o endividamento está na casa dos 5 trilhões de reais, correspondendo a 77,3% do Produto Interno Bruto. Sobre o total de 5 trilhões de reais incidem os juros de 6,5%a/a, Taxa Selic.
Pode se considerar que o endividamento dos Estados Unidos eleva-se a 3 trilhões de dólares, mas este resultado representa 15% do Produto interno norte-americano. No Brasil, como vemos, a proporção é muito maior.
Que posição os candidatos têm a respeito?
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